O País – A verdade como notícia

O Presidente angolano, João Lourenço, considerou, esta segunda-feira, a fome e a pobreza como um dos maiores problemas da Humanidade, defendendo que sejam combatidos com “uma abordagem corajosa” e “sem tabus”.

Falando num debate sobre a fome e a pobreza no mundo, durante a Cimeira do G2O, que decorre no Brasil, o Presidente de Angola destacou que o combate à fome e a pobreza requer “uma abordagem corajosa” para identificar “sem tabus” as principais causas do problema e soluções pragmáticas e duradouras para evitar o recurso ao assistencialismo, que considerou não resolver o problema na raiz.

O chefe de Estado angolano saudou a criação, por iniciativa do Brasil, da Aliança na Luta contra a Fome e a Pobreza, da qual Angola é membro fundador, salientando que é fundamental olhar para a “urgente necessidade de se criarem condições que favoreçam o desenvolvimento de uma agricultura sustentável”, para garantir a segurança alimentar e erradicar a fome.

“Para isso, existe a necessidade da mobilização de esforços e recursos para apoiar os países na implementação de políticas públicas eficazes que assentam essencialmente na realização de ações estruturais e transversais, com vista à redução das desigualdades”, indicou o chefe do executivo angolano, citado por Lusa.

Treze pessoas morreram e 84 foram resgatadas com vida, após desabamento de um prédio na Tanzânia. Sobreviventes continuam a receber ajuda através de buraco e não se sabe quantos continuam soterrados.

Estão confirmados, para já, treze mortos, na sequência do desabamento de um prédio de quatro andares, na capital tanzaniana de Dar es Salaam na manhã de sábado.

As autoridades locais falam de 84 pessoas recuperadas dos escombros, após um trabalho de resgate que durou mais de 24 horas. A equipe de resgate conseguiu ainda, estabelecer contacto com algumas pessoas soterradas e, apesar de não ter sido estimado o seu número, estão neste momento a receber ajuda alimentar através de buracos.

A presidente Tanzaniana Samila Suluhu, lamentou o sucedido e prometeu que o Governo vai prestar todo apoio necessário.

“Com muita tristeza, perdemos 13 colegas nossos no evento. O Governo arcará com os custos médicos de todos os feridos, incluindo os que morreram, irão receber cuidados adequados. Peço desculpas aos irmãos, parentes e amigos que foram afectados pelo Tukiyohili”, disse Samila Suluhu, presidente da Tanzânia.

No local continuam os trabalhos de busca pelos sobreviventes, e o Governo reconhece o esforço demonstrado pelos socorristas após o momento do incidente.

“Da mesma forma, estou grato aos parceiros e a todos os cidadãos que se voluntariaram e se entregaram e que colaboraram no exercício. Agradeço também pelos médicos continuarem atendendo os feridos. E parabenizo o primeiro-ministro e o ministro-chefe, Salam e suas equipes pela gestão do excelente trabalho realizado pela sua equipa”, acrescentou Suhulu.

A capital tanzaniana vive dias difíceis e as autoridades ainda não determinaram a causa do incidente, que deverá começar a ser investigada quando terminarem as operações de resgate.

 

O Ministério da Saúde de Angola confirmou o registo do primeiro caso de Mpox no país. O caso foi confirmado na província de Luanda, em Angola. Trata-se de uma cidadã congolesa de 28 anos, que foi isolada juntamente com pessoas próximas, nas instalações do Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias (CETEP).

Através de um comunicado, o Ministério da Saúde de Angola, avançou que, após a identificação do primeiro caso de Mpox em Angola, estão em curso, para a protecção da população, medidas de desinfecção de áreas contaminadas, identificação e rastreamento de contactos, bem como investigação epidemiológica aprofundada.

A Mpox, também conhecida como `Monkeypox`, manifesta-se através de febre, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, aumento dos gânglios linfáticos e erupções cutâneas generalizadas (manchas, lesões ou bolhas na pele) ou lesões nas mucosas.

As autoridades de saúde angolanas recomendam à população que adote e reforce as medidas de prevenção, para reduzir o risco de transmissão desta doença, reforçando as práticas de higiene, designadamente a lavagem frequente das mãos e o uso de desinfetantes em áreas públicas e residências.

“Em caso de se detectar algum dos sintomas (…) as pessoas devem dirigir-se imediatamente à unidade de saúde mais próxima”, apela o Ministério da Saúde, garantindo “o compromisso de informar sobre a situação epidemiológica desta doença” e apelando à sociedade “que mantenha a calma, a serenidade”.

Cerca de quatro mil mineiros ilegais estão retidos há mais de 2 mil metros de profundidade de uma mina abandonada em Stilfontein, na província de North West, na África do Sul. A Rádio Moçambique escreve que 700 deles são moçambicanos.

Uma mina de ouro abandonada há vários anos e foi tomada por quatro mil mineiros ilegais que procuram possíveis restos de ouro.

Esta semana, o Governo sul-africano decidiu bloquear o abastecimento de água e alimentos de modo a forçá-los a abandonar o local por ser considerado perigoso.
Falando à televisão sul-africana, NewRoom, a polícia explicou o motivo do bloqueio:

“Recebemos uma denúncia do proprietário da mina e do Departamento de Recursos Minerais indicando que esta mina abandonada não é segura, porque há ocorrência de gases no seu interior. O terreno também não está seguro, e não é expectável que haja [pessoas] a irem abaixo fazer um trabalho pesado de mineração”.

No seu site, a Rádio Moçambique escreve que entre os mineiros ilegais há 700 moçambicanos, outros são provenientes de Zimbabwe, Lesotho e da própria África do Sul.
A polícia diz que está empenhada em evitar que mais mineiros ilegais entrem para a mina em causa:

“A nossa responsabilidade aqui é prevenir a criminalidade, e é o que exactamente estamos a fazer, como SAPS. Estamos a prevenir a mineração ilegal, prevenir que possam ir abaixo para actividades mineiras e estamos a prevenir que a comida e água possam ser enviadas para dentro da mina, para evitar que continuem a trabalhar”.

Familiares de alguns dos mineiros permanecem no local para pressionar as autoridades sul-africanas a ajudar a sua retirada sem no entanto cortar o acesso a água e alimentos.

Em Agosto passado, 1200 mineiros abandonaram o local numa operação semelhante levada a cabo pela polícia.

A Ucrânia foi, este domingo, alvo do ataque russo mais poderosos dos últimos três meses, tendo atingido instalações de produção de gás e energia e estruturas de apoio à defesa ucraniana. Volodymyr Zelensky diz que foram contabilizados 120 mísseis e 90 drones lançados contra o seu país.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou o ataque russo à infraestrutura de produção de gás e energia e segundo ele, foram 120 mísseis e 90 drones lançados contra o seu país com a  intenção de devastar a capacidade de geração de energia da Ucrânia antes do frio do inverno.

”O alvo do inimigo era nossa infraestrutura de energia por toda a Ucrânia. Infelizmente, há danos a objetos por impactos e queda de destroços. Em Mykolaiv, como resultado de um ataque de drone, duas pessoas foram mortas e outras seis ficaram feridas, incluindo duas crianças”, disse Zelensky.

Para Serhii Popko, chefe da Administração Militar da cidade de Kiev, é o mais poderoso ataque russo lançado dos últimos três meses.

As explosões foram ouvidas em toda a Ucrânia incluindo na capital, Kiev, no principal porto do sul, Odesa, bem como nas regiões oeste e central do país, de acordo com a agência de notícias Associated Press. 

Por sua vez, o Ministério de Defesa russo disse que “atacou de forma extensiva instalações críticas de infraestrutura energética que garantem o funcionamento do complexo militar-industrial da Ucrânia”, citando instalações de produção de gás e energia. Ao todo, 144 áreas foram atingidas, incluindo outras estruturas de apoio à defesa ucraniana, como campos de aviação militares, depósitos de drones e equipamentos militares.

Vários tipos de drones foram utilizados no ataque russo, incluindo Shahids de fabricação iraniana, além de mísseis de cruzeiro balísticos lançados por aeronaves, segundo Zelensky que fala igualmente de cerca de 140 projécteis abatidos pela defesa aérea do país.

A maior fornecedora privada de energia da Ucrânia, a DTEK, disse que o ataque russo “danificou seriamente” equipamentos em suas usinas termelétricas e que os funcionários estão a trabalhar no reparo, conforme cita a Reuters.

Os ataques russos têm atingido a infraestrutura energética da Ucrânia desde a invasão em grande escala de Moscou ao país vizinho em fevereiro de 2022, provocando repetidos cortes de energia emergenciais e apagões em todo o país. Autoridades ucranianas têm solicitado rotineiramente aos aliados ocidentais que reforcem as defesas aéreas do país para conter os ataques e permitir reparos.

O porta-voz da mídia do grupo extremista Hezbollah, Mohammad Afif, foi morto este domingo, num bombardeamento a Beirute, capital do Líbano. Segundo a agência de notícias britânica, Reuters, nem Hezbollah nem Israel confirmaram a informação.

Foi no ataque a uma das zonas que abriga muitos deslocados em Beirute, que o chefe da classe media do grupo hezbollah perdeu a vida e outras três pessoas ficaram feridas. Apesar de não haver confirmação de nenhuma das partes, a Reuters cita duas fontes de segurança libanesas e a Agência de Notícias Francesa AFP cita uma fonte não autorizada.

Sem mencionar nomes, o ministério de Saúde libanês referiu-se a quatro vítimas do ataque que eram do bairro de Ras al-Nabaa, entre as quais um morto.

Afif foi um conselheiro de media de longa data de Hassan Nasrallah, número 1 do grupo extremista, morto também, em ataque aéreo israelense em setembro. Afif gerenciou o canal de televisão “Al-Manar” do Hezbollah por vários anos antes de assumir o cargo de chefe do escritório de relações com a mídia do grupo apoiado pelo Irão.

Nas suas últimas aparições na imprensa, após o ataque mais mortal a Beirute desde o início da guerra entre Israel e Hezbollah, fez ameaças a Israel e disse que “viram muito pouco” do grupo desde o início da guerra e, na sua última declaração pública, a 11 de novembro, disse que o Hezbollah tinha armas e suprimentos suficientes para lutar uma “guerra longa”.

Não houve ordem de evacuação prévia ao bombardeio para a área atingida neste domingo. Antes da maioria dos ataques realizados pelo exército israelense em Beirute, um porta-voz militar publicou avisos para residentes das áreas visadas deixarem o local e se distanciar no mínimo por 500 metros.

Desde o início da guerra contra o Hezbollah, por volta de setembro, Israel realiza uma operação terrestre no sul do Líbano e ataques aéreos diários a alvos do grupo extremista libanês, principalmente à capital Beirute, onde estaria o armazém de armas do grupo. 

Israel já matou outras autoridades da alta cúpula do Hezbollah em bombardeios na cidade de Beirute, incluindo o número 1 do grupo, Hassan Nasrallah, e seu possível sucessor, Hashem Safieddine, que era seu primo.

Ataques aéreos israelitas fizeram, hoje, 20 mortos e dezenas de feridos na Faixa de Gaza. Segundo a Defesa Civil palestiniana estão entre as vítimas quatro mulheres e três crianças.

Este domingo, Israel protagonizou mais uma ofensiva aérea brutal, com recurso a mísseis, a leste de Rafah, na Faixa de Gaza.

O mais mortífero aconteceu  numa casa, no campo de refugiados de al-Bureij, no centro de Gaza, onde foram mortas 10 pessoas, conforme o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal, citado pela AFP.

No oeste do campo de Nusseirat, quatro outras pessoas, “três mulheres e uma criança” foram também mortas, referiu.

Num outro, numa casa de campo, foram registadas 10 pessoas feridas e uma morta. 

Cinco outras pessoas foram mortas e 11 ficaram feridas por um míssil lançado por um drone, na mesma região.

A guerra na faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque surpresa lançado em 07 de outubro de 2023 pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

Este ataque causou a morte de 1.206 pessoas do lado israelita, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais e incluindo os reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.

Cerca de 43.800 palestinos foram mortos na campanha militar de retaliação de Israel na Faixa de Gaza, a maioria dos quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas para Gaza, considerados fiáveis pela ONU.

Angola vai poupar 48,5 milhões de dólares, no próximo ano, em pagamentos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) devido à nova política de sobretaxas, segundo informações avançadas pelo representante residente do Fundo em Angola.

“Para Angola, segundo as estimativas do departamento financeiro, a reforma da política das sobretaxas implica uma poupança, ao longo do próximo ano fiscal, ou seja, entre Maio de 2025 e Abril de 2026, de 36,5 milhões de unidades de Direitos Especiais de Saque, mais ou menos 48,5 milhões de dólares de poupança inicial”, o que equivale a 45,4 milhões de euros ao câmbio atual, disse Victor Lledo, citado por Lusa.

Salientou ainda que as estimativas do FMI apontam para “uma redução de 57,4% nos pagamentos em comparação com a política antiga”.

As sobretaxas são taxas adicionais além das taxas de juros e das margens de lucro que o FMI cobra sobre os seus empréstimos, e são impostas sobre países que devem ao FMI um valor muito acima da sua quota, que é a contribuição de cada país para o FMI.

 

Os senegaleses vão a votos, este domingo, em eleições legislativas antecipadas, num cenário de forte polarização que opõe o actual Presidente, Bassirou Diomaye Faye, e o primeiro-ministro, Ousmane Sonko, ao anterior chefe de Estado, Macky Sall.

De acordo com o Notícias ao Minuto, em jogo estão os 165 lugares da Assembleia Nacional para um mandato de cinco anos, ao qual concorrem 41 partidos e coligações. As eleições foram antecipadas porque Bassirou Diomaye Faye dissolveu o parlamento em 12 de Setembro passado, invocando dificuldades de colaboração com a assembleia liderada pela oposição.

O Notícias ao Minuto avança que as anteriores eleições legislativas realizaram-se em Julho de 2022 e, de acordo com a Constituição senegalesa, os chefes de Estado podem dissolver a Assembleia Nacional após dois anos da eleição do parlamento, um prazo que foi atingido em 12 de Setembro.

“Na base da dissolução do parlamento está a tentativa do Presidente e do primeiro-ministro alcançarem uma maioria parlamentar que permita ao partido Patriotas do Trabalho, da Ética e da Fraternidade (Pastef), liderado por Sonko e que esteve na base da eleição de Diomaye Faye, por em prática profundas reformas na governação, na justiça e nas instituições legislativas”, lê-se na nota de imprensa.

Na anterior Assembleia Nacional, avança ainda a fonte, o Pastef tinha apenas 23 lugares e o objectivo é executar uma verdadeira transformação política no país, mantendo a dinâmica de mudança que levou Diomaye Faye a derrotar logo na primeira volta Amadou Ba, o candidato escolhido por Macky Sall, que estava impossibilitado pela Constituição de concorrer a um terceiro mandato.

“A polarização no Senegal coloca o Pastef contra a coligação da oposição Takku Wallu Senegal (Defender o Senegal, em wolof), uma aliança entre a Aliança para a República (APR), de Macky Sall, e o Partido Democrático Senegalês (PDS), fundado pelo seu antecessor na chefia do Estado, Abdoulaye Wade. As outras formações concorrentes com possibilidade de se intrometerem na luta política são a coligação Jàmm Ak Jariñ (Paz e Prosperidade), liderado pelo antigo primeiro-ministro Amadou Ba, e a coligação Samm Sa Kaddu (Manter a palavra), liderada por Barthélémy Dias, presidente da Câmara de Dacar”, lê-se no Notícias ao Minuto.

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