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O Parlamento angolano aprovou, hoje, as alterações à lei sobre a designação e execução de actos jurídicos internacionais, para combater práticas ligadas ao financiamento ao terrorismo, tal como foi recomendado pelo Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI).

O diploma legal, de iniciativa do Governo angolano, foi aprovado na generalidade e por unanimidade durante a reunião plenária extraordinária da Assembleia Nacional (Parlamento).

A iniciativa legislativa visa estabelecer o regime de atribuições e competências em matéria de designação, remoção e isenção interna ou internacional de pessoas, grupos e entidades para a aplicação de medidas de combate ao terrorismo, ao financiamento ao terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa.

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola, Marcy Lopes, que fez a apresentação da lei no Parlamento, salientou que a sua actualização visa cumprir uma orientação do GAFI “decorrente da avaliação de que o país foi alvo há alguns anos”.

Segundo o governante, a lei visa ainda a definição e a operacionalização de mecanismos “mais eficientes de implementação de sanções financeiras direccionadas”.

Para o deputado do Partido de Renovação Social (PRS), oposição, Benedito Daniel, a alteração desta lei “é mais um passo fundamental no quadro do reforço da estabilidade do sistema financeiro nacional”.

Amélia Pinto, deputada do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder), considerou que a medida é um instrumento político essencial que orienta os órgãos nacionais no reforço da conformidade e efetividade do sistema nacional de combate ao branqueamento de capitais.

Pelo grupo parlamentar da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA, maior partido na oposição) interveio o deputado Custódio Kamuango, que sinalizou a importância da lei e questionou a eficácia do sistema de combate ao branqueamento de capitais face à presença de Angola na “lista cinzenta” do GAFI.

Marcy Lopes, em resposta ao deputado da UNITA, referiu que a presença de Angola na “lista cinzenta” de monitorização reforçada do GAFI – anunciada em finais de Outubro passado – obriga o Estado a adoptar uma série de procedimentos deste órgão.

O governante apontou a recente aprovação de um decreto presidencial que aprova o estatuto orgânico do Instituto de Supervisão das Actividades Comunitárias, “órgão com finalidade de acompanhar e supervisionar actividades das associações e organizações não-governamentais”, como uma das várias acções legislativas em resposta às recomendações do GAFI.

Os deputados aprovaram ainda, ontem, na generalidade e por unanimidade, a proposta de alteração da lei da Provedoria de Justiça com o objectivo de conformar a sua organização e funcionamento à Constituição e ao ordenamento jurídico angolano.

O Parlamento Europeu aprovou, esta quarta-feira, com 370 votos favoráveis, 282 contra e 36 abstenções, o novo colégio da Comissão Europeia, novamente liderado por Ursula von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia congratulou-se com a aprovação do novo colégio de comissários, que inicia funções a 01 de Dezembro, e disse tratar-se de um “bom dia para a Europa”, em que “o centro resiste”.

“Hoje é um bom dia para a Europa, porque a votação mostra que o centro resiste. Estou muito grata pela confiança manifestada pelo Parlamento ao novo colégio [de comissários] e a votação permite-nos começar agora, a 01 de Dezembro”, afirmou Ursula von der Leyen numa conferência de imprensa realizada à margem da sessão plenária da Assembleia Europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, escreve a imprensa internacional. 

Reagindo após o aval parlamentar à sua nova equipa, no seu segundo mandato de cinco anos à frente da instituição, a responsável alemã vincou: “Estamos ansiosos por começar e isso é fundamental porque o tempo urge”.

“Enfrentamos desafios políticos significativos dentro da nossa União, nas nossas fronteiras, na nossa vizinhança, em que precisamos de aumentar a nossa competitividade e em que o impacto das alterações climáticas se faz sentir cada vez mais fortemente”, elencou.

Após críticas ao seu colégio de comissários — nomeadamente por ter um vice-presidente dos Reformistas e Conservadores Europeus, nomeado por Itália, Ursula von der Leyen fez questão de destacar a sua “equipa forte e experiente”, na qual tem “plena confiança na sua capacidade de entrega, não só como indivíduos, mas também como equipa”.

“A estrutura do novo colégio permitirá um trabalho de equipa eficiente e soluções transversais”, adiantou.

Foi aprovado, ontem, um acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo  Hezbollah, no Líbano. Apesar da trégua de 60 dias, o Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, promete responder a qualquer tentativa de violação do mesmo.  

Após mais de dois meses de guerra entre Israel e o grupo Xita Libanês Hezbollah, o departamento de segurança israelita aprovou, na terça-feira, um cessar-fogo de 60 dias. 

Apesar de ter aceite o cessar-fogo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, alerta para uma possível retaliação, caso haja uma violação por parte do Hezbollah. 

A duração do cessar-fogo depende do que vai acontecer no Líbano. Em pleno entendimento com os EUA, mantemos plena liberdade de acção militar. Se o Hezbollah violar o acordo e tentar armar-se, atacaremos. Responderemos fortemente a qualquer violação do mesmo”, disse Benjamin Netanyahu. 

A cessação das hostilidades no Líbano é confirmada pelo presidente norte-americano, Joe Biden, para quem a paz entre Israel e Líbano não pode ser alcançada no campo de batalha.

“A segurança duradoura para o povo de Israel e do Líbano não pode ser alcançada apenas no campo de batalha, e é por isso que orientei minha equipe a trabalhar com os governos de Israel e do Líbano para forjar um cessar-fogo para encerrar o conflito entre Israel e o Hezbollah”, explicou Biden.

Referindo-se à trégua que deverá durar 60 dias, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse ainda que não será mais permitido ameaçar a segurança de Israel. “Não será permitido ameaçar a segurança de Israel novamente. Nos próximos 60 dias, o exército libanês e as forças de segurança do estado se posicionaram e assumiram o controle de seu próprio território mais uma vez”.

O acordo entre as partes foi mediado pelos Estados Unidos e pela França, e implica a retirada das forças israelitas do Líbano.

O governo paquistanês suspendeu os serviços de celular e internet devido a manifestações no país. Na manhã de ontem, houve confrontos entre os manifestantes e os agentes da Polícia, que culminaram com a morte de pelo menos cinco agentes da Polícia e dezenas de pessoas ficaram feridas.

As autoridades paquistanesas impuseram um bloqueio de segurança naquele país asiático, proibindo marchas, protestos e comícios, suspenderam a Internet com cortes de energia e fecharam as principais estradas em direção à capital do país, depois de nos últimos dias o Ex-primeiro-ministro do Paquistão Imran Khan ter apelado aos apoiantes para que se manifestassem pela sua libertação e marchassem até ao Parlamento do Paquistão.

Na segunda-feira, milhares de apoiantes do antigo chefe de Governo, que está preso, avançaram até às entradas de Islamabad, sendo impedidos de marchar até à capital pelas autoridades, que dispersaram os manifestantes com granadas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Mas na manhã desta terça-feira conseguiram romper as barreiras de segurança e, segundo a imprensa internacional, chegaram bem próximo ao Parlamento.

O Ministério do Interior do Paquistão confirmou que o exército foi mobilizado para proteger missões diplomáticas na área fortificada da zona vermelha, onde muitos edifícios governamentais e embaixadas estão localizados. A mesma fonte governamental acrescentou que está previsto um recolher obrigatório com a colaboração de tropas paramilitares para bloquear os manifestantes.

Acrescentou em conferência de imprensa que os manifestantes podiam permanecer nos arredores de Islamabade, mas ameaçou tomar medidas extremas se estes entrassem na cidade.

Desde domingo, mais de 20 mil membros das forças de segurança foram destacados para Islamabad e arredores.

Hoje foi o dia escolhido pelo Conselho de Ministros de Israel para proceder a votação do acordo de cessar-fogo no Líbano, aprovado pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Com a aprovação do acordo, o Líbano poderá estar em paz por pelo menos 60 dias.

São duas boas novas: Líbano sem tropas israelitas e em paz por pelo menos 60 dias, diz a proposta do acordo de um cessar-fogo de dois meses aprovado pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na noite de domingo (24).

Netanyahu sinalizou sua potencial aprovação para o cessar-fogo com o Hezbollah durante uma consulta de segurança com autoridades israelenses na noite de domingo (24), ainda segundo a fonte.

A esperança de alguma paz no Líbano, apesar de próxima, se anuncia num contexto em que há discórdias.

Sobre os “prós e contras” , o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, na semana passada, revelou que é preciso continuar para a vitória de Israel sobre o o Hezbollah, ao que chamou um cessar-fogo de um “grande erro”.

Outra figura importante, que é contra o acordo, é Benny Gantz, que renunciou ao gabinete de guerra de Israel em junho devido à forma como Netanyahu lidou com a guerra em Gaza, pediu ao primeiro-ministro que torne públicos os detalhes do acordo de cessar-fogo, insistindo que é “é direito dos moradores do norte, dos combatentes e dos cidadãos de Israel saber”, os detalhes.

O Canal 12 de Israel noticiou que outros critérios para o acordo incluem a criação de um comité multinacional, chefiado pelos EUA, para monitorizar a sua implementação.

Em contrapartida, o Hezbollah substituiria as suas forças a sul do rio Litani por tropas do exército libanês.

Ainda assim, fontes, incluindo o embaixador de Israel na ONU, citadas pela CNN, observaram que as negociações parecem estar caminhando positivamente em direção a um acordo, mas reconheceram que, como Israel e o Hezbollah continuam a trocar tiros, um “passo em falso” pode atrapalhar o resultado.

Até ao momento, ainda não houve quaisquer informações sobre a votação.

A polícia do Quénia  usou gás lacrimogéneo para dispersar uma marcha, em Nairóbi, na segunda-feira, realizada em comemoração ao Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

Mais tarde, no mesmo dia, os manifestantes reclamaram a reacção das Forças de Segurança e destacaram o que eles dizem ser falta de acção do Governo. 

Waithira Karanja, residente de Nairóbi, entrevistada pelo African News, disse querer justiça. “A polícia é quem mata mulheres, e é por isso que eles não querem que a gente proteste contra a matança de mulheres. Eles deveriam estar nos protegendo”, disse.

As agências policiais quenianas dizem que houve 97 casos de feminicídio em várias partes do país somente nos últimos três meses. Entretanto, activistas locais dizem existir muitos outros casos não reportados.

Na semana passada, o presidente queniano, William Ruto, condenou o aumento alarmante de casos de feminicídio e pediu esforços coletivos para proteger as mulheres da Violência Baseada no Género.

As Nações Unidas disseram, na segunda-feira, que 85 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em 2023, das quais 60% morreram nas mãos de seus parceiros ou parentes próximos.

O continente africano teve o maior número, com cerca de 21 700 vítimas entre os 51 100 assassinatos cometidos por parceiros íntimos ou familiares.

17 pessoas, incluindo crianças e uma mulher grávida, morreram, na tarde de domingo, no estado de Alagoas, no nordeste do Brasil. O presidente brasileiro, Lula da Silva, garantiu que o governo federal dará apoio às vítimas. 

A Secretaria Regional de Saúde tinha indicado, anteriormente, a existência de 23 mortos, mas algumas horas depois corrigiu o número. A maioria dos óbitos foi declarada no local e uma mulher grávida acabou por morrer no hospital, não resistindo aos ferimentos.

O Instituto de Medicina Legal de Maceió, capital de Alagoas, duplicou o número de funcionários de serviço, no domingo, para receber os corpos e identificá-los de forma “precisa e rápida”, segundo informações da polícia. 

Segundo a imprensa brasileira, boa parte das vítimas são crianças que participavam num projecto que incluía assistir ao pôr-do-sol na Serra da Barriga. Outras 20 pessoas foram tratadas num hospital próximo, depois de terem sido resgatadas pelas equipas de emergência.

O autocarro viajava por uma região montanhosa chamada Serra da Barriga, quando capotou e caiu numa ravina.

O presidente brasileiro Lula da Silva lamentou o ocorrido e garantiu apoio às vítimas. 

“Meus sentimentos a todos os familiares das vítimas envolvidas no acidente. O governo federal está acompanhando a situação e dará todo o apoio necessário às autoridades estaduais no socorro, atendimento e amparo às vítimas”, escreveu Lula na sua rede social X. 

O governador de Alagoas, Paulo Dantas, também lamentou a tragédia e decretou luto oficial por três dias.

“Expresso a minha solidariedade a todos os que sofrem com esta tragédia”, disse o governador, que ordenou a “mobilização total” das equipas de bombeiros e emergência para socorrer os feridos.

O presidente turco e o chefe das relações exteriores da União Europeia expressaram, no sábado, apoio ao mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por supostos crimes contra a humanidade.

Num comunicado divulgado, na quinta-feira, a câmara de pré-julgamento do Tribunal Penal Internacional acusou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, de cometerem “crimes contra a humanidade e crimes de guerra”.

Tais crimes terão sido cometidos entre Outubro de 2023 e Maio de 2024, data em que a promotoria apresentou os pedidos de mandado de prisão. 

O TPI afirmou que existem “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant “cada um tem responsabilidade criminal como co-autores” por cometer crimes de guerra, crimes contra a humanidade, de assassinato, perseguição e outros.

Ao proferir um discurso em Istambul, a maior cidade do país, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que saúda e elogia a “decisão corajosa” do TPI, e que esta deve ser executada por todos os Estados-membros do TPI.

No mesmo dia, o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, destacou que os estados membros da União Europeia são obrigados a implementar o mandado de detenção do TPI.

O mandado de captura suscitou respostas diferentes entre os países do mundo, com os Estados Unidos e a República Checa a apoiarem Israel, e o Canadá, a Austrália e os países europeus, incluindo os Países Baixos, a mostrarem respeito e apoio ao TPI.

Centenas de pessoas  reuniram-se no cemitério de Santa Ana, de onde saiu a marcha em direcção ao Largo das Escolas. A marcha era para protestar contra a fome,  a pobreza e em prol da democracia. 

Ao ritmo do Kuduro, Angolanos saíram, ontem, às ruas, para, através de dizeres em suas camisetas e cartazes, expressar as suas preocupações. Em alguns dos cartazes era possível ler notícias como “A fome em Angola é real”, em outros se fazia alusão à situação pós-eleitoral que se vive em Moçambique, avisando “Hoje é Frelimo, amanhã é o MPLA”.

Elda Eduardo dos Santos, dirigente da UNITA, mostrou-se preocupada com a fome e extrema miséria do povo, lamentando que, num país tão rico, “o Governo continue a fazer sofrer o povo, a não dar qualidade de vida e condições básicas, que são direitos inalienáveis da pessoa humana”, cita o portal noticioso Notícias ao Minuto.

Acrescentou também que: “hoje estamos aqui para dizer ‘Basta!’. Quando o povo se levanta, significa que temos de mudar e temos vários exemplos por aí, como Moçambique, em que o povo tomou a decisão para a mudança e é essa mudança que precisamos”.

 

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