O País – A verdade como notícia

Em Shenzhen, no Sul da China, pelo menos 13 trabalhadores foram dados como desaparecidos, depois de o solo ter cedido subitamente sob um troço da linha Shenzhen-Jiangmen, quarta-feira à noite, indicou, em comunicado, o Gabinete de Gestão de Emergências do Distrito de Bao’an.

De acordo com o Notícias ao Minuto, até ao momento não foram encontradas vítimas, mas as buscas continuam.

As autoridades também retiraram os residentes das zonas circundantes, acrescentou, na mesma nota. Foi iniciada uma investigação para determinar a causa da derrocada.

Fotografias e vídeos partilhados nas redes sociais mostram uma grande cavidade no solo, rodeada de materiais de construção derrubados.

As principais auto-estradas perto do local foram fechadas esta manhã (hora local), para facilitar as operações de resgate, disseram as autoridades locais.

A construção do troço que liga Shenzhen a Jiangmen, na província de Guangdong, arrancou em 2022.

O desmoronamento do solo nos estaleiros de construção ocorre quando o terreno já não consegue suportar o peso das estruturas e acontece frequentemente em zonas densamente povoadas, em terrenos frágeis ou durante projectos de grande escala.

A instabilidade geológica, as técnicas de escavação inadequadas ou o incumprimento das normas de segurança são as principais causas.

Os acidentes industriais são frequentes na China, nomeadamente devido à regulamentação pouco clara e a protocolos de segurança muitas vezes pouco rigorosos.

 

No próximo sábado, o parlamento da Coreia do Sul vai votar uma moção de destituição do Presidente Yoon Suk-yeol, noticiou, esta quarta-feira, a agência de notícias pública sul-coreana Yonhap.

A polícia sul-coreana anunciou a abertura de um inquérito por “rebelião” contra Yoon, na sequência da imposição da lei marcial no país, suspensa horas mais tarde. “O caso está em curso”, declarou o chefe de investigações da polícia, Woo Kong-suu, aos deputados, pode-se ler no Notícias ao Minuto.

O secretariado para a imprensa do chefe de Estado da Coreia do Sul indicou que Yoon não fará qualquer declaração pública durante o dia de hoje.

A última intervenção pública de Yoon ocorreu ao início da manhã de quarta-feira, quando suspendeu a lei marcial.

Na terça-feira à noite, Yoon comunicou ao país a imposição da lei marcial para “erradicar as forças a favor da Coreia do Norte e proteger a ordem constitucional” das actividades “anti-estatais”, tendo acusado o principal bloco da oposição, o Partido Democrático (PD).

Poucas horas depois, o Presidente suspendeu a lei marcial, depois de a Assembleia Nacional ter revogado a decisão, numa sessão plenária extraordinária convocada numa altura em que milhares protestavam nas ruas de Seul.

Na quarta-feira, seis partidos da oposição na Coreia do Sul apresentaram uma moção para a destituição de Yoon.

O PD e cinco outros partidos iniciaram assim o processo parlamentar que poderá levar ao afastamento do Presidente sul-coreano, cujo Partido do Poder Popular (PPD) governa em minoria.

O chefe da bancada parlamentar do PPD garantiu já que todos os 108 deputados do partido vão rejeitar a moção apresentada pela oposição para destituir o chefe de Estado, le-se no Notícias ao Minuto. 

 

Milhares de pessoas manifestam-se, esta quarta-feira, no centro de Seul, na Coreia do Sul, para exigir a destituição do Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, cuja tentativa de impor a lei marcial na noite de terça-feira mergulhou o país no caos político.

Segundo a agência de notícias AFP, citada por Lusa, milhares de manifestantes marcharam  pela avenida principal da capital coreana, em direcção ao parlamento, segurando cartazes com dizeres como: “Yoon Suk-yeol deve-se demitir”, para se encontrarem com outro protesto organizado pelos partidos da oposição. 

Os sul-coreanos saíram às ruas hoje para demonstrar a sua insatisfação com o Yoon Suk-yeol, cuja tentativa de impor a lei marcial no país, na terça-feira, chocou os cidadãos.

Ao longo do dia, as ruas da capital Seul foram atravessadas por pequenos grupos de manifestantes e polícias, enquanto os sindicatos convocavam uma greve geral e a oposição exigia a demissão do presidente, acusando-o de rebelião.

Na praça central da cidade, os manifestantes distribuíram velas e bebidas quentes enquanto se preparam para uma noite de manifestações, dizendo estar prontos para permanecer mobilizados até a saída do Presidente.

Numa decisão que surpreendeu o país, Yoon decretou, na terça-feira, a lei marcial para “eliminar os elementos hostis ao Estado” e “proteger a Coreia do Sul liberal das ameaças colocadas pelas forças comunistas norte-coreanas”.

O parlamento aprovou em seguida uma resolução a anular a decisão presidencial e Yoon, que foi criticado pelo seu próprio partido Poder Popular, levantou a lei marcial seis horas depois de a ter decretado.

Os legisladores da oposição apresentaram uma moção de destituição contra Yoon, que necessita do apoio de dois terços do parlamento para ser aprovada, bem como de seis juízes constitucionais. A moção pode ser colocada a votação já na sexta-feira, segundo a agência de notícias Yonhap.

O ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong-hyun, pediu hoje desculpa ao país e apresentou a demissão.

Até ao momento, segundo Lusa, pelo menos 10 conselheiros do Presidente demitiram-se, incluindo o seu chefe de gabinete presidencial, Chung Jin-suk, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap. O conselheiro de segurança nacional, Shin Won-sik, e o chefe do gabinete presidencial para as políticas, Sung Tae-yoon, também apresentaram as suas demissões.

 

O Papa Francisco recebeu, esta quarta-feira, no Vaticano, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, numa audiência que descreveu como “uma ocasião para a paz”.

A reunião durou 35 minutos na sala adjacente à sala Paulo VI do Vaticano e não no palácio papal, uma vez que Papa Francisco realizou, posteriormente, a audiência geral.

Antes do encontro, Orbán assistiu a uma missa na Basílica de São Pedro, embora seja calvinista.

Orbán deu ao papa uma cópia da “Vida de Jesus Cristo” do Padre Didon de 1896 e um mapa da Terra Santa do ano de 1700, enquanto o papa lhe deu vários documentos papais e os seus últimos “Mensagem pela Paz”, informou o Vaticano.

No seu primeiro encontro, em 2016, Papa Francisco cumprimentou brevemente Orbán numa cerimónia no Vaticano e mais tarde recebeu-o em audiência em duas ocasiões.

O Governo francês, liderado pelo conservador Michel Barnier, pode cair, após a sessão desta quarta-feira, caso o parlamento vote a favor da moção de censura. O executivo é acusado de aprovar orçamento de segurança social sem debate no parlamento.

Suportado pelos partidos Aliança de esquerda e da extrema-direita Nova Frente Popular e União Nacional, a Moção de Censura ao Governo, liderada pelo conservador Michel Barnier, pode cair ainda esta quarta-feira.

Com 100 dias de governação a completar no dia 13 de Dezembro, o executivo chefiado por Barnier enfrenta críticas no parlamento, depois da aprovação do orçamento da Segurança Social sem votação, alegando que tinha chegado ao fim do diálogo com os grupos políticos.

Em sede do parlamento, o antigo comissário europeu disse que a moção de censura contra o seu governo vai complicar todas as contas dos franceses.

“Há uma coisa de que tenho a certeza, Senhor Deputado Sassen, lembre-se bem do que lhe estou a dizer hoje. É que a censura, que se aproxima amanhã, que nos vai encontrar, vai tornar tudo mais difícil e mais grave”, disse Michel Barnier, primeiro-ministro da França.

Para derrubar o Governo é necessário um voto de censura de 288 deputados, um número ao alcance de uma aliança de circunstância e invulgar entre a esquerda e a extrema-direita. Caso o executivo caia nesta quarta-feira, agrava-se a política criada após a dissolução da assembleia nacional  pelo Presidente Francês Emmanuel Macron, em Junho passado.

Com o actual cenário, o país corre também o risco de uma crise financeira, ligada ao nível de confiança dos mercados na capacidade das autoridades públicas de contrair empréstimos a taxas baixas.

 

O presidente dos EUA, Joe Biden, visitou, terça-feira, o museu da escravidão, em Angola, onde abordou sobre o futuro de África, dizendo que os africanos vão representar uma em cada quatro pessoas até 2050 e que o destino do mundo está em suas mãos. 

Joe Biden é o primeiro presidente dos EUA a visitar Angola e tem como objectivo promover bilhões de dólares em compromissos com a nação angolana, para o que ele chamou de maior investimento ferroviário dos EUA no exterior.

“Os Estados Unidos estão totalmente empenhados em África”, disse Biden ao presidente angolano, João Lourenço, que chamou a visita de Biden de um ponto de virada fundamental nas relações EUA-Angola, que remontam à Guerra Fria.

Biden visitará a cidade costeira de Lobito na quarta-feira para dar uma olhada na saída do corredor para o Oceano Atlântico. O projeto também atraiu financiamento da União Europeia, do Grupo dos Sete principais países industrializados, de um consórcio privado liderado pelo Ocidente e de bancos africanos.

Não ficou claro quanto dos compromissos dos EUA foram cumpridos e quanto dependerá do governo Trump.

Biden visitou o Museu Nacional da Escravidão de Angola, em um local que, antigamente, era a sede da Capela da Casa Grande, um templo do século XVII, onde escravos eram batizados antes de embarcar em navios para a América. 

Olhando para o futuro, “sei que o futuro passa por Angola, pela África”, disse Biden, citado por African News.

Falando em um palco perto da água, ele disse que a história não pode e não deve ser apagada e que, embora a América tenha sido fundada no ideal de liberdade e igualdade, “está bem claro hoje que não correspondemos a esse ideal”.

Está confirmada, Nandi-Ndaitwah é a vencedora das presidenciais na Namíbia e vai tornar-se  a primeira mulher a presidir o país independente desde 1990. Com 57% de votos, o Partido SWAPO conseguiu também a maioria no parlamento.

Com 57% de número de votos, Nandi-Ndaitwah foi confirmada vencedora do escrutínio do último dia 27 de Novembro, e será a primeira mulher a dirigir o país e quinta presidente na história do país independente há 34 anos, mantendo o histórico partido SWAPO no poder.

De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), os resultados oficiais comprovaram que Nandi-Ndaitwah, de 72 anos, venceu com 57% dos votos, não precisando de uma segunda volta. O SWAPO também manteve a sua maioria na votação parlamentar ao conseguir 51 dos 96 lugares na Assembleia da República. Nandi-Ndaitwah já reagiu à vitória.

“Como vos temos dito ao longo da campanha, nós, no partido SWAPO, e a equipa que vou liderar, assumimos compromissos e digo-vos que vamos fazer o que vos dissemos. Obrigado pela vossa confiança em nós”, disse Nandi Ndaitwah, vencedora das eleições. 

Para a primeira presidente namibiana as mudanças políticas, sociais e económicas vão justificar a escolha do eleitorado.

“Volto a dizer, em nome do partido SWAPO, que a nação namibiana votou na paz e na estabilidade, votou na unidade e na diversidade, na beneficiação dos recursos naturais e na capacitação dos jovens para o desenvolvimento sustentável”, disse.

Nandi-Ndaitwah foi membro do movimento clandestino de independência da Namíbia na década de 1970 e foi promovida a vice-presidente em Fevereiro, após a morte do Presidente Hage Geingob durante o seu mandato, e será a quinta presidente da Namíbia após a independência.

 

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou, esta terça-feira, que vai organizar, em Junho de 2025, em conjunto com a Arábia Saudita, uma conferência internacional sobre a criação de um Estado palestiniano.

De acordo com o Notícias ao Minuto, Emmanuel Macron esclareceu que o seu país não reconhece a Palestina como Estado, neste momento. “Há vontade de o fazer (…), mas no momento que seja útil, quando provoque movimentos recíprocos de reconhecimento”, frisou Macron, citado pelo Notícias ao Minuto.

O presidente quer envolver vários outros parceiros e aliados, europeus e não europeus.

O chefe de Estado francês não detalhou onde se realizará aconferência, mas espera que sirva para “multiplicar as iniciativas diplomáticas nos próximos meses para levar todos no mesmo caminho”.

Macron salientou ainda que o objectivo é produzir um movimento de reconhecimento em relação a Israel, “que permita respostas em termos de segurança” ao Estado Judeu.

“Devemos convencer que a solução de dois Estados também é relevante para Israel”, acrescentou o Presidente francês.

A Arábia Saudita, que alberga os locais mais sagrados do Islão, está em conversações com Washington para normalizar as relações com Israel e conceder garantias de segurança aos EUA.

Mas em meados de Setembro, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman afastou o reconhecimento de Israel antes da “criação de um Estado palestiniano”, juntamente com o de Israel.

Tanto Paris como Riade pressionam pela “solução de dois Estados”, rejeitada pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

A situação no Médio Oriente degradou-se desde o início da guerra em Gaza, desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas a Israel que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, a maioria civis, segundo as autoridades israelitas.

 

As moções referentes à continuidade ou não do executivo francês surgem depois de o primeiro-ministro de centro-direita e antigo comissário europeu ter apelado, segunda-feira, ao governo de três meses para que assumisse a responsabilidade pelo projecto de orçamento da segurança social.

De acordo como o Notícias ao Minuto, a sessão parlamentar sobre as moções de censura foi agendada para as 16h locais, segundo as fontes contactadas pela AFP.

Barnier deverá falar sobre a crise às 20h de hoje, respondendo à pergunta da imprensa em dois canais de televisão em directo da sua residência no Hôtel Matignon.

O primeiro-ministro, de 73 anos de idade, atribuiu ao executivo a aprovação do orçamento da Segurança Social sem votação, insistindo que tinha “chegado ao fim do diálogo” com os grupos políticos.

A decisão expôs o governo a uma moção de censura que tem todas as hipóteses de ser aprovada, com a esquerda e a extrema-direita a anunciarem que a votarão favoravelmente.

“A queda de Barnier é um dado adquirido”, considerou a líder parlamentar do grupo de esquerda radical França insubmissa, Mathilde Panot, segundo o Notícias ao Minuto.

O deputado socialista Arthur Delaporte defendeu que o governo irá cair porque a União Nacional, que lhe deu um “apoio incondicional”, deixou de apoiar o executivo.

Nomeado em 05 de Setembro, Barnier fez algumas concessões e recuou nos esforços exigidos aos franceses face à derrapagem das finanças públicas, mas não foi suficiente.

“Censurar este orçamento é, infelizmente, a única forma que a Constituição nos dá para proteger o povo francês de um orçamento perigoso, injusto e punitivo”, declarou, esta terça-feira, a líder parlamentar da União Nacional, Marine Le Pen, pode-se ler na mesma fonte.

 

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