O País – A verdade como notícia

O regime militar no poder em Níger anunciou a suspensão por três meses da estação de rádio britânica BBC, por difundir informações falsas.

Os programas da BBC que são difundidos no Níger através de rádios locais, deixaram de ser emitidos naquele país, alegadamente por conter informações enganosas que desestabilizam a paz social e minam a moral das tropas que combatem os extremistas.

A medida que entrou em vigor com efeito imediato em todo o país, foi tomada pelo ministro da Comunicação da Nigéria, Sidi Mohamed Raliou, e abrangeu também dois outros meios de comunicação ocidentais, a Radio France Internationale (RFI) e a France 24, 

Ainda nesta Quinta-feira, o regime militar apresentou uma queixa  contra a Radio France Internationale por incitação ao genocídio e aos massacres intercomunitários no Níger.

O novo governo da Síria vai congelar a Constituição e desactivar o Parlamento durante os três meses de transição.

Os radicais islâmicos, que no domingo passado tomaram o poder na Síria, nomearam um chefe de Governo de transição, Mohammad al-Bashir, que se vai manter em funções até 01 de Março de 2025. 

Durante três meses, o novo Governo sírio vai congelar a Constituição e o Parlamento. 

A actual Constituição data de 2012 e não especifica que o Islão é a religião do Estado, facto que leva à formação de uma comissão jurídica e de direitos humanos para examinar a matéria e introduzir alterações.

Na reunião de a transferência de poder o entre o  novo executivo  e o Governo da era de Bashar al-Assad, o porta-voz para os assuntos políticos das novas autoridades avançou que a prioridade é preservar as instituições e protegê-las, bem  como instaurar o Estado de Direito após mais de meio século de regime do clã Assad.

O responsável assegurou que todos aqueles que cometeram crimes contra o povo sírio serão julgados de acordo com a lei, e respeitando a diversidade religiosa e cultural da Síria.

 

O parlamento da Coreia do Sul aprovou, hoje, a destituição do ministro da Justiça, Park Sung–jae, e do chefe da polícia, Jo Ji–ho, devido à imposição de uma lei marcial, na semana passada.

Foi com 195 votos a favor e 100 votos contra a moção que visava derrubar o ministro da justiça,  Park Sung–jae. 

O parlamento da Coreia do Sul aprovou a destituição apresentada pelo principal movimento da oposição, o Partido Democrático, que alegou que Park participou na reunião do executivo e na tomada de decisões da aplicação da lei marcial, o que resultou numa conspiração para cometer rebelião.

De acordo com o Partido Democrático, o ministro agiu como se não reconhecesse a autoridade da Assembleia Nacional, ao estar de acordo com a perceção errada do Presidente Yoon, de considerar a imposição de lei marcial como um acto de governação e  que os políticos eram alvos de detenção.

Quanto a Jo Ji–ho, líder da Polícia Nacional da Coreia do Sul, sua destituição deve-se ao alegado abuso da autoridade para comandar e dar ordens à polícia para bloquear a entrada de membros da Assembleia Nacional, órgão constitucional.

O parlamento sul-correano aprovou, também, a criação de um procurador especial para investigar as acusações de insurreição contra o Presidente Yoon Suk-yeol.

Oito pessoas morreram e outras três ficaram feridas, após o desabamento de um prédio de seis andares, na cidade do Cairo, no Egipto, nesta terça-feira. As autoridades locais decretaram a evacuação de residentes em vários edifícios vizinhos.

O edifício, construído na década de 1960, estava sob ordem de reparação desde 1993, segundo um funcionário do distrito de Waili, citado pelo diário estatal Al Ahram, e desabou na tarde de terça-feira, causando a morte de oito pessoas.

Segundo um comunicado do ministério da Saúde do Egito, o edifício de seis andares era residencial, e várias acções foram desencadeadas para socorrer as vítimas após o incidente.

“As equipas de resgate vasculharam os escombros para encontrar feridos ou corpos, os moradores recorreram da ordem, que nunca foi cumprida”, disse o porta-voz do governo, Hosam Abdel Ghafa.

Por precaução, as autoridades evacuaram, de seguida, vários edifícios vizinhos, informou a administração local. Muitos dos edifícios do centro da capital egípcia, datados dos séculos XIX e XX, não foram restaurados. Nos últimos anos, vários ruíram na Grande Cairo por sua deterioração e descumprimento de normas de planejamento e construção.

A economia do Botswana está em má situação, disse o vice-presidente e ministro das Finanças, Ndaba Gaolathe, ao seu parlamento – mas com trabalho árduo e medidas, por vezes, desconfortáveis, a nova administração pode limpar a confusão “indesejável” que herdou, escreve a News24.

Sob o antigo partido no poder, o Partido Democrático do Botswana (BDP), o Governo tem gasto muito acima das suas possibilidades, disse ele, com despesas equivalentes a cerca de 11 mil milhões de rands, por mês, enquanto as receitas foram de cerca de 2,65 mil milhões de rands.

O Botswana já tinha passado por tempos difíceis antes, afirmou Gaolathe, inclusive durante a pandemia de Covid-19, mas nada parecido com o risco económico que agora enfrenta.

“Na verdade, com esse tipo de hemorragia financeira, este caminho leva a uma implosão financeira de uma magnitude como este país nunca experimentou”, disse o vice-presidente do Botswana, citado pela News24.

Durante o seu primeiro discurso ao público, o Presidente Duma Boko destacou que a contabilidade do país não estava em boa situação, especialmente porque a principal fonte de rendimentos do país, a indústria dos diamantes, não estava a ter um bom desempenho.

 

Revivendo a economia

Este ano, a economia poderá contrair 1,7%, em vez da previsão de crescimento de 4,2%, que era esperada quando o antigo Governo apresentou a sua declaração orçamental em Fevereiro.

O plano de recuperação de Gaolathe é simples: ele quer uma “economia moderna, profunda, diversificada e focada na exportação que gere oportunidades de altos salários”.

Uma das principais áreas identificadas pela nova administração são as empresas estatais, a maioria das quais tem um mau desempenho, infestadas de corrupção e fugas, refere a publicação sul-africana.

Ele destacou a companhia aérea nacional, Air Botswana, como uma instituição que precisava de trabalho imediato.

“É claro que o moral do nosso sistema governamental do Botswana está baixo”, disse ele.

A África do Sul é o maior parceiro comercial do Botswana na região. Nos últimos dois anos, sob o antigo presidente Mokgweetsi Masisi, o Botswana proibiu as importações de vegetais da África do Sul, para proteger a sua indústria local.

No entanto, o novo Governo procurará melhorar as relações com a África do Sul. O Botswana quer ser um exportador líquido de electricidade e a África do Sul é um mercado potencial.

“Estamos a fazer progressos admiráveis na reparação das nossas relações com a África do Sul e esperamos até convencê-los a ser um mercado importante para o nosso sector de energia eléctrica”, disse Gaolathe.

 

O principal  partido da oposição do Gana, Congresso Nacional Democrático, venceu as eleições presidenciais de último sábado com 56 % de votos, contra 43 do Novo Partido Patriótico, no poder  há dois mandatos. Num processo considerado transparente, o partido NPP reconheceu a derrota.

Após perder as eleições presidenciais de 2016, quando concorria para o seu segundo mandato, e queda nas eleições de 2020, John Dramani Mahama volta à presidência do Gana, depois de vencer as eleições de fim de semana, e vai suceder Nana Akufo-Addo.

O partido CND venceu as eleições com 56% de votos, contra 43 do seu concorrente directo o NPP do  Vice-Presidente Mahamudu Bawumia, que perdeu o objectivo de assegurar o terceiro mandato para os seus.

Bawumia, reconheceu os resultados.

Concedemos a derrota como qualquer democrata consumado faria, mas não abandonamos a luta para transformar o Gana e alargar as oportunidades a todos os sectores da nossa sociedade. Não seremos uma oposição perturbadora. Permitam-me que diga que os dados da nossa própria coligação interna dos resultados eleitorais indicam que o ex-Presidente, Sua Excelência John Kramani Muhammad, ganhou as eleições presidenciais de forma decisiva. O NDC também ganhou as eleições parlamentares”, disse Mahamudu Bawumia, candidato presidencial por NPP, à agência francesa de comunicação..

A derrota nas eleições de sábado pôs fim a oito anos de poder do NPP, sob a presidência de Nana Akufo-Addo, marcados pela pior turbulência económica dos últimos anos no país, por uma inflação elevada e por um incumprimento da dívida.

 

O governo sírio caiu, na madrugada de domingo, marcando o fim do domínio de 50 anos da família Assad, depois de uma ofensiva rebelde surpresa ter varrido as áreas controladas pelo governo e chegado à capital em 10 dias.

A queda do Governo do Presidente sírio Bashar Assad, no domingo, encerrou a luta de quase 14 anos para se manter no poder, numa altura em que o seu país foi dilacerado por uma guerra civil devastadora, que se tornou um campo de batalha por procuração para as forças regionais e internacionais.

A queda de Assad foi um forte contraste com os seus primeiros meses como improvável presidente da Síria em 2000, quando muitos esperavam que ele fosse um jovem reformador após três décadas de controlo férreo do seu pai.

Com apenas 34 anos de idade, o oftalmologista de formação ocidental era um jovem que gostava de computadores e tinha um comportamento gentil.

Mas quando, em Março de 2011, eclodiram os protestos contra o seu regime, Assad recorreu às tácticas duras, utilizadas pelo seu pai, para os tentar reprimir.

A guerra na Síria já custou quase 500 mil vidas e obrigou metade da população do país, que antes da guerra era de 23 milhões de pessoas, a fugir das suas casas. À medida que a revolta se transformou numa guerra civil, milhões de sírios procuraram refúgio em países vizinhos como a Jordânia, a Turquia, o Iraque e o Líbano, tendo muitos deles continuado a sua viagem para a Europa.

A sua partida põe fim ao regime da família Assad, que dura há pouco menos de 54 anos. Sem um sucessor claro, o país fica numa situação ainda mais incerta.

O Supremo Tribunal da Roménia decidiu-se, ontem, pela anulação dos resultados da primeira volta das eleições presidenciais, que colocavam à frente do escrutínio o candidato de extrema-direita e pró-Rússia Calin Georgescu.

A decisão judicial segue-se à desclassificação de documentos dos serviços secretos do país que apontam para agressivos ataques cibernéticos com origem na Rússia.  O Supremo explicou, ainda,  que decidiu anular a primeira volta das presidenciais  para garantir a exactidão e a legalidade do processo eleitoral.

Em comunicado, o Supremo Tribunal determinou que o Governo vai estabelecer uma nova data e calendário para as medidas necessárias. O primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, diz que a decisão do tribunal é correta, depois de documentos desclassificados terem revelado interferência russa nas eleições.

 

A junta militar no poder em Burkina Faso demitiu, esta sexta-feira, o primeiro-ministro, Apollinaire Joachim Kyelem de Tambela, e anunciou a dissolução do Governo. Sem nenhuma justificação sobre o afastamento do primeiro-ministro e da sua equipa, o líder da junta,  capitão Ibrahim Traore, através de um decreto, anunciou que os membros do Governo dissolvido vão continuar a desempenhar as suas funções até à formação de um novo executivo.

Os militares burkinabes tomaram o poder em Setembro de 2022, ao derrubar o regime militar do tenente-coronel Paul Henri Sandaogo Damiba, cerca de oito meses depois de este ter liderado um golpe de Estado para destituir o Presidente, democraticamente eleito, Roch Marc Kaboré.

O Burkina Faso é um dos epicentros da violência extremista islâmica, protagonizada por militantes ligados à Al-Qaida e ao grupo fundamentalista Estado Islâmico contra as forças governamentais.

O conflito, que dura há cerca de 10 anos, já provocou mais de 20 mil mortos, de acordo com o Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED, na sigla inglesa), uma organização não-governamental, com sede nos Estados Unidos.

Os dois lados do conflito são acusados por ONG de defesa dos direitos humanos de atacar civis e obrigado mais de 2 milhões de pessoas, das quais mais de metade são crianças, a abandonar as suas áreas de residência.

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