O País – A verdade como notícia

Antigo líder da Frente Nacional e pai de Marine Le Pen morre aos 96 anos de idade. Negacionista do Holocausto, foi expulso do partido pela própria filha, em 2015, quendo ela assumiu a presidência do partido.

Jean-Marie Le Pen, figura histórica da extrema-direita em França e pai de Marine Le Pen, morreu aos 96 anos, anunciou esta terça-feira a imprensa francesa, citando um comunicado da família, que informa que o antigo político estava internado há várias semanas, tendo morrido ao início da tarde, “rodeado pelos seus entes queridos”.

Nascido em 1928, em Trinité-sur-Mer, no Noroeste de França, Le Pen foi soldado, deputado e eurodeputado. Fundou e liderou o partido nacionalista, populista e anti-imigração Frente Nacional (FN), entre 1972 e 2011, e chegou a disputar a votação decisiva de umas eleições presidenciais, em 2002, acabando por perder para Jacques Chirac.

A filha, Marine Le Pen, sucedeu-lhe na liderança da FN e levou a cabo uma tarefa de tentativa de desdiabolização do partido junto do eleitorado, oferecendo-lhe uma imagem menos extremista e direccionada às camadas sociais mais desfavorecidas da sociedade francesa.

Jean-Marie Le Pen nunca concordou verdadeiramente com esse realinhamento para a direita radical de um partido que foi visto, durante a sua liderança, como sucessor dos partidos fascistas europeus do século XX, e incompatibilizou-se com a filha por causa disso.

Em 2015, quando era presidente honorário da FN, entre acusações de anti-semitismo e islamofobia, foi expulso do partido, depois de ter dito, mais do que uma vez, que as câmaras de gás utilizadas pela Alemanha Nazi para matar milhões de judeus durante a II Guerra Mundial foram um “detalhe na História”; posição que lhe valeu várias condenações e multas por contestação de crimes contra a humanidade.

Também elogiou várias vezes o general Philippe Pétain, líder do regime colaboracionista nazi durante a ocupação de França no conflito mundial e disse que o vírus Ébola era a solução para acabar com o aumento da população.

Sem deixar de se apresentar como um partido anti-imigração, eurocéptico e anti-globalista, a União Nacional – o nome oficial da FN desde 2018 – é hoje uma das forças políticas com maior representação no Parlamento francês e Marine Le Pen chegou à segunda volta nas últimas duas eleições presidenciais (2017 e 2022), perdidas para o actual Presidente, Emmanuel Macron.

Lembrando o passado de Jean-Marie Le Pen como soldado no Exército francês na antiga Indochina francesa e na Argélia e como deputado na Assembleia Nacional e no Parlamento Europeu, Jordan Bardella, actual líder da União Nacional, escreveu uma mensagem na rede social X a elogiar a forma como o antigo líder da FN “sempre serviu França e defendeu a sua identidade e soberania”.

 

A Indonésia foi admitida como membro pleno do bloco das economias em desenvolvimento (BRICS), anunciou o Brasil, país que preside o grupo, na segunda-feira.

“O governo brasileiro saúda a entrada da Indonésia no BRICS”, disse o governo em uma declaração. “Com a maior população e economia do Sudeste Asiático, a Indonésia compartilha com outros membros o compromisso de reformar as instituições de governança global e contribui positivamente para aprofundar a cooperação Sul-Sul.”

O BRICS foi formado pelo Brasil, Rússia, Índia e China em 2009, e a África do Sul foi adicionada em 2010. No ano passado, a aliança se expandiu para abraçar o Irão, Egito, Etiópia e os Emirados Árabes Unidos. A Arábia Saudita foi convidada a se juntar, mas ainda não o fez.

Turquia, Azerbaijão e Malásia se candidataram formalmente para se tornarem membros e alguns outros expressaram interesse.

A organização foi criada como um contrapeso ao Grupo dos Sete, composto por nações desenvolvidas. Seu nome deriva de um termo econômico usado no início dos anos 2000 para descrever países em ascensão que deveriam dominar a economia global até 2050.

Antes da adesão da Indonésia, o bloco era responsável por quase 45% da população mundial e 35% do produto interno bruto global, medido pela paridade do poder de compra.

Pelo menos 95 pessoas morreram, na sequência da ocorrência de um sismo de magnitude 6.8 na escala de Richter, ocorrido ontem, em Tibet, no sudoeste da China.

Vídeos partilhados nas redes sociais mostram o drama vivido pelos moradores do Tibet no sudoeste da China. O evento sísmico de magnitude 6.8 na escala de Richter estremeceu e devastou parte da cidade e foram confirmadas 95 óbitos.

Segundo a agência de notícias oficial chinesa, Xinhua, a região de Dingri foi o epicentro do abalo a cerca de 75 quilómetros a nordeste do Monte Everest. Em consequência disso, 130 pessoas contraíram ferimentos graves.

Cerca de 1 500 bombeiros e equipas de salvamento foram destacados para procurar pessoas nos escombros, informou o Ministério da Gestão de Emergências da China.

A televisão estatal CCTV revelou que há algumas comunidades cercadas dentro de um raio de cinco quilómetros do epicentro, que estão a 380 quilómetros de Lhasa, a capital do Tibet, e a cerca de 23 quilómetros da segunda maior cidade da região, Shigatse.

O sismo foi sentido também na capital do Nepal, Katmandu, a mais de 200 quilómetros do epicentro, mas sem registo até ao momento de danos significativos ou feridos.

O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, demitiu, esta segunda-feira, o Governo daquele país africano de língua oficial portuguesa.

Segundo noticiam fontes internacionais, a demissão do Governo são-tomense deve-se à “assinalável incapacidade de solucionar os inúmeros desafios do país, bem como falta de cooperação estratégica e manifesta deslealdade institucional.

O Governo de São Tomé e Príncipe era liderado por Patrice Trovoada, e foi concretizada horas depois de o Presidente são-tomense se ter reunido com o Conselho de Estado.

As constantes ausências do Primeiro-Ministro e Chefe do Governo do território nacional são-tomense também contribuíram para a decisão presidencial. Pois se entende que tais viagens ao estrangeiros, além de gastos assinaláveis injustificáveis do erário público, em nada beneficiava o povo.

Assim, o Partido Acção Democrática Independente é convidado a apresentar uma outra individualidade, em 72 horas, para assumir o cargo de Primeiro-Ministro.

Mais de 170 reclusos, no corredor da morte, foram transportados de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), para uma prisão de alta segurança no norte do país, onde serão executados, segundo  anunciaram, esta segunda-feira, as autoridades congolesas.

Segundo o ministro da justiça congolês, foram transportados 70 dos condenados, para se juntarem a outros 102 prisioneiros, que já tinham sido enviados para a prisão de Angenga, na província de Mongala, no norte do país. 

Os homens foram condenados por assalto à mão armada, e são localmente conhecidos como “Kulunas” ou bandidos urbanos. 

Têm idades compreendidas entre 18 e 35 anos, segundo declarou Mutamba, em documento que não especificou quando é que as execuções iriam ocorrer. 

Alguns cidadãos acreditam que a medida é um meio de restaurar a ordem e a segurança nas cidades, enquanto outros estão preocupados com os riscos de abusos e violações dos direitos humanos. 

Cresce o movimento de pessoas que procuram regressar à África do Sul com recurso à fronteira de Lebombo, na província de Mpumalanga. As autoridades sul-africanas intensificam a fiscalização.

As autoridades sul-africanas informaram que, no período de 25 a 30 de Dezembro, mais de 25 mil moçambicanos cruzaram o posto fronteiriço de Lebombo, em Mpumalanga, apesar dos constrangimentos ao longo do corredor de Maputo.

Depois  da quadra festiva e num exercício contrário, a fronteira começa a registar um número elevado de pessoas que procuram regressar aos seus postos de trabalho, fazendo com que as autoridades sul-africanas afirmem estar a intensificar a fiscalização.

“A partir de sexta-feira e até à data, detivemos cinco pessoas que conduziam em excesso de velocidade. No período de 1 de Dezembro até à data. Podemos dizer com segurança que também emitimos mais de 20.000 multas de trânsito. Quando regressarem, estaremos prontos para os receber como já indicamos”, disse Jacky Macie, dos serviços de segurança rodoviária sul africana 

A estrada Nacional Número 4, que liga os dois países, é das que regista maior tráfego de viajantes e o ambiente calmo que se regista no país anima os gestores da via.

“Tudo o que continuamos a aconselhar aos nossos utentes da estrada é que se mantenham a par do que está a acontecer naquele país e, se planeiam viajar para lá, estejam cientes do que está a acontecer e sigam os conselhos das pessoas naquele país, quer a viagem seja permitida ou não. A nossa rota continua a funcionar como e quando podemos e estamos muito confiantes de que as coisas se vão resolver na nossa bela vizinhança moçambicana”, explicou a porta-voz da TRAC, Solange Soares .

“O País” entrou em contacto com o Serviço Nacional de Migração para saber dos detalhes do movimento migratório no país, e tal não foi possível, alegadamente porque neste momento a instituição não tem porta-voz.

O governo da Etiópia está a evacuar cerca de 80 mil pessoas, após uma série de terramotos de pequena escala, nas regiões de Afar, Oromia e Amhara. Pelo menos 10 terramotos foram relatados em menos de uma semana naquele país africano, e há sinais de possível erupção vulcânica.

A Etiópia iniciou uma operação para retirar moradores de áreas de risco,  depois de um vulcão no norte do país apresentar indícios de possível erupção, na sexta-feira. Uma série de terramotos também foi registada nas últimas horas de sábado.

Ainda na sexta-feira,  foi registado um tremor de magnitude 5,8, mas até aqui não há sinal de estragos ou feridos. 

As autoridades começaram a retirada em uma área localizada a menos de 200 quilómetros da capital, Addis Ababa. Apesar de ainda ser cedo para determinar se o vulcão entrará em erupção, o Governo decidiu antecipar medidas de protecção para os moradores.

Pelo menos 10 terramotos foram relatados na Etiópia, desde a última sexta-feira, e mais de 20 foram relatados desde Setembro, de acordo com as autoridades locais.

A região onde os mais recentes tremores aconteceram é conhecida como Afar, onde uma área de três partes separadas da crosta terrestre se encontram. Os cientistas afirmam que um oceano pode se abrir no local daqui a um milhão de anos.

O antigo presidente francês e mais 12 pessoas, entre as quais três antigos ministros, são julgados, a partir desta segunda-feira, pelo Tribunal Penal de Paris, no âmbito do caso do “financiamento líbio” da sua campanha presidencial de 2007.

Pouco antes da queda de Muammar Kadhafi, em 2011, o seu filho Saïf al-Islam afirmou, numa entrevista à Euronews, que tinha provas de pagamentos do regime de Kadhafi à campanha presidencial de 2007 do candidato de direita.

“Eu próprio testemunhei a entrega da primeira prestação de dinheiro a Claude Guéant em Tripoli”, afirmou, cita a Euronews.

Nicolas Sarkozy está a ser julgado por “financiamento ilegal de campanha”, “ocultação de desvio de fundos públicos”, “corrupção passiva” e “conspiração criminosa”.

É acusado de ter celebrado um “pacto de corrupção” com Kadhafi, para o financiamento a sua campanha vitoriosa de 2007, em troca de contrapartidas diplomáticas, como a reabilitação de Kadhafi na cena internacional e a tentativa de anular um mandado de captura francês contra o chefe dos serviços secretos líbios, Abdallah Senoussi.

O antigo presidente enfrenta uma pena que pode ir até dez anos de prisão e uma multa de 375 000 euros. Está de novo em tribunal. Este é o seu quinto julgamento, sendo esta a primeira vez que comparece com um registo criminal.

Nicolas Sarkozy foi condenado a um ano de pulseira eletrónica, por corrupção e tráfico de influências, no caso das escutas telefónicas, também conhecido como o caso “Bismuth”. Em Fevereiro de 2024, foi também condenado em recurso por despesas excessivas na sua campanha de 2012, no caso “Bygmalion”.

Em Outubro de 2023, foi igualmente acusado no âmbito da investigação sobre possíveis manobras fraudulentas, para obter a retratação, em 2020, das acusações feitas pelo intermediário Ziad Takkieddine, no processo relativo ao financiamento da sua campanha de 2007.

As suas actividades de consultoria na Rússia são também objecto de uma investigação preliminar por parte da Procuradoria Nacional das Finanças, assim como o seu jantar em 2010 com altos dirigentes do Qatar e Michel Platini (antigo presidente da FIFA), que poderá ter conduzido à controversa atribuição do Campeonato do Mundo de 2022 ao Qatar.

 

O grupo armado M23 capturou, este sábado, a cidade-chave de Masisi, no leste da República Democrática do Congo, informou Alexis Bahunga, deputado da província de Kivu do Norte, alertando sobre uma grave crise humanitária na região.

O Movimento 23 de Março (M23), uma milícia apoiada pelo Ruanda e seu exército, tomou vastas áreas do leste da República Democrática do Congo, desde 2021, deslocando milhares de pessoas e desencadeando uma crise humanitária.

Segundo fontes citadas pela Agência France Press, a cidade de Mesisi, uma cidade importante no leste da província de Kivu foi tomada este sábado, a mesma fonte revelou ainda ter sido solicitado ao governo medidas para restabelecer a autoridade do Estado em todo o território, numa referência à zona que vive uma grave crise humanitária.

Masisi, com uma população de cerca de 40 mil habitantes, é a capital administrativa do território Masisi, rico em agricultura, pecuária e minerais. Fica a cerca de 80 quilómetros ao norte da capital da província de Kivu do Norte, Goma.

Assevera-se que as negociações mediadas por Angola, entre o presidente da RDC, Felix Tshisekedi, e seu colega ruandês, Paul Kagame, foram abruptamente canceladas em meados de Dezembro, devido a divergências sobre os termos de um acordo de paz proposto.

 

 

 

+ LIDAS

Siga nos