O País – A verdade como notícia

Foi detido hoje o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, por tentar implementar uma lei marcial que prevê a imposição de normas militares, fechamento do parlamento e proibição de manifestações.

Yoon Suk-yeol é o primeiro presidente da Coreia do Sul em exercício a ser detido na história do país, por tentar implementar uma lei marcial, justificando que o parlamento, de maioria opositora, estaria a sabotar o seu governo. O estadista acusou seus adversários de trabalharem em prol do regime comunista da Coreia do Norte.

Esta quarta-feira, a agência anti-corrupção da Coreia do Sul anunciou que o presidente do país foi detido, depois de terem sido enviados cerca de 1000 agentes à residência presidencial.

Há semanas que o líder sul-coreano se encontrava escondido na residência de Hannam-dong, tendo prometido “lutar até ao fim” contra os esforços para o destituir.

A detenção ocorreu depois de agentes terem entrado no recinto presidencial, numa segunda tentativa de detê-lo, após o debate e votação da sua destituição, a meio do mandato de 5 anos.

A lei marcial em causa foi revogada.

Nove corpo e 34 pessoas foram resgatadas nas ultimas duas semanas em uma mina ilegal e abandonada em Stilfontein, no Noroeste da Africa do Sul. Para além destes, 1500 pessoas foram presas após terem sido resgatadas desde novembro até está partes, das quais 997 são moçambicanos.

Uma operação de 16 dias, financiada pelo Departamento de Recursos Minerais e Energia e pelo Conselho de Minerais Sul Africano, já resgatou 34 trabalhadores ilegais, incluindo nove corpos em uma mina abandonada em Stilfontein, no Noroeste do país. 

Foram destacados para a missão, 180 agentes da polícia que se juntaram a um grupo de voluntários locais que nos últimos dias permanecem no local para além das famílias dos desaparecidos. Em entrevista a NewsRoom, um líder comunitário disse que parte dos corpos recuperados são de moçambicanos.

Os líderes vão até à comunidade para informar os membros das famílias sobre o que está a acontecer. Recentemente, por exemplo, dos corpos que recuperámos, alguns já foram enterrados em Moçambique, e a autópsia mostra que a causa da morte foi a fome” disse Thembile Botman, Líder comunitário.

Para este grupo, o governo deveria acelerar os trabalhos e incluir mais pessoas para que o resgate seja feito em menos tempo. Segundo a mesma fonte “há uma situação como esta. Porque não operamos das seis às seis do dia seguinte? Porque paramos às seis? Quero dizer, cada mente que está a operar aqui… a máquina não pára. Você apenas muda as pessoas. Então, se há uma situação aqui, onde as pessoas estão a morrer diariamente, e você tem 10 dias para resgatar todas essas pessoas, parece impossível” questionou Thembile Botman.

O ministro da Polícia Sul Africano, Senzo Mchunu, disse à imprensa durante uma visita a Stilfontein que mais de 1 500 mineiros ilegais foram detidos antes do início da extração dos quais 997 são moçambicanos.

A indicação de Américo Ramos pelo Presidente de São Tomé e Príncipe para o cargo de primeiro-ministro está a gerar conflitos entre o partido com maioria no parlamento e o Chefe do Estado, depois de este ter rejeitado as duas propostas do partido Acção Democrática Independente.

Parece estar muito longe a possibilidade de se alcançar consenso entre o partido vencedor das legislativas de 2022 e o Chefe do Estado de  São Tomé e Príncipe, sobre a criação de um novo governo, após a demissão do elenco chefiado por Patrice Trovoada.

É que, após a rejeição da figura indicada pelo partido Acção Democrática Independente, Carlos Vila Nova decidiu nomear Américo Ramos, que, apesar de ser membro do ADI, não é visto com bons olhos pelos seus pares. 

“A nomeação está ferida de grosseira e irreparável inconstitucionalidade, não tendo por isso qualquer validade ou efeito na ordem jurídico-constitucional são-tomense. Não se está perante um primeiro-ministro chefe de governo do ADI ou por outro, o perigo indicado, bem como o governo eventualmente constituído não será jamais um governo do partido ADI”, disse em conferência de imprensa o porta-voz do partido,  Alexandre Guadalupe.

Com esta decisão, o partido ADI acusa o Chefe do Estado de estar a liderar um golpe palaciano, o que afecta a democracia do país. “A nossa democracia atravessa um dos seus piores momentos, dada a complexidade da situação e o seu impacto, tanto interno como externo. O ADI apela à solidariedade indefectível a todos os seus militantes e simpatizantes, bem como à serenidade de todos em busca de uma rápida solução, sem juntar mais estragos à nossa democracia”, disse.

Entretanto, alguns partidos da oposição já manifestaram apoio à escolha do Chefe do Estado.

A indicação do actual governador do banco central, Américo Ramos, ao cargo de primeiro-ministro, é por iniciativa presidencial, após chumbar  Adelino Pereira proposto pela Acção Democrática Independente.

Diante de toda contestação, Américo Ramos tomou posse esta terça-feira, numa cerimónia marcada pela ausência de parte dos membros do ADI convidados pela presidência da República. O novo chefe do governo jurou respeitar a constituição de São Tomé e Príncipe para além de buscar mecanismos para a melhoria da situação económica e social em que o país se encontra mergulhado. 

“Juro por minha honra, cumprir e fazer cumprir a Constituição e as leis, defender a independência nacional, promover o progresso económico, social e cultural do povo santomense, e desempenhar com toda lealdade e dedicação as funções que me são confiadas”, jurou Américo Ramos no salão nobre do Palácio do Povo.

Angola registou uma inflação média de 28,1% em 2024, terminando o ano com uma subida de 1,7% dos preços em Dezembro, face ao registado em Novembro, e um aumento homólogo de 27,5%.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística de Angola, divulgados na segunda-feira, ao final do dia, os angolanos enfrentaram uma subida de 27,5% dos preços em Dezembro do ano passado, face aos valores de Dezembro de 2023, ao passo que o índice que mede os preços subiu 1,7% em Dezembro do ano passado, face ao registado no mês anterior.

“A variação homóloga em Dezembro situa-se em 27,50%, registando um acréscimo de 7,49 pontos percentuais em relação à observada em igual período do ano anterior”, lê-se no relatório sobre a evolução dos preços em Angola, em que se salienta que, “comparando a variação homóloga actual [Dezembro de 2024] com a registada no mês anterior, verifica-se uma desaceleração de 0,91 pontos percentuais”.

Em Luanda, a província onde os preços mais subiram em 2024, em Dezembro do ano passado, os preços estavam 32,18% mais caros do que em Dezembro de 2023, de acordo com os dados do INE, que dão conta de um “acréscimo de 6,16 pontos percentuais em relação à observada em igual período do ano anterior”.

Em meio à violência crescente nas regiões orientais da República Democrática do Congo (RDC), o exército congolês anunciou ganhos militares significativos contra o grupo rebelde M23. 

No fim de semana, o exército congolês relatou que havia repelido com sucesso as forças do M23 de Kivu do Sul e recapturado várias cidades-chave nas províncias de Kivu do Norte e do Sul.

Guillaume Ndjike Kaiko, um porta-voz do exército congolês, confirmou esses desenvolvimentos em uma declaração à imprensa. Ele enfatizou que os militares haviam recuperado o controle de várias localidades que estavam sob ocupação do M23.

O M23, um grupo rebelde predominantemente tutsi, surgiu pela primeira vez em 2012 e logo tomou a cidade de Goma, que fica na fronteira com Ruanda. O nome do grupo deriva de um acordo de paz assinado em março de 2009, que o M23 alega que o governo congolês não implementou.

Após um período de dormência, o M23 ressurgiu no final de 2021, avançando rapidamente e capturando grandes faixas de território no leste do Congo. As Nações Unidas acusaram Ruanda de apoiar os rebeldes do M23, uma alegação que Ruanda tem negado consistentemente. Em resposta ao conflito em andamento, o presidente ruandês Paul Kagame recentemente pediu negociações entre o governo congolês e os rebeldes do M23, pedindo uma resolução pacífica para a crise.

O número de vítimas mortais dos incêndios florestais que afectam a cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos da América, desde terça-feira, subiu para 16.

Segundo o Departamento de Medicina Legal do condado de Los Angeles, 11 das mortes foram causadas pelo incêndio de Eaton, um dos seis fogos activos que estão a atingir a cidade e outras cinco mortes foram causadas pelo incêndio de Pacific Palisades.

O anterior balanço referia a existência de 11 mortes, mas as autoridades alertaram que o verdadeiro número de vítimas não será conhecido até que os investigadores consigam entrar nos bairros.

O incêndio de Palisades alastrou para nordeste, provocando novas evacuações nos bairros ricos de Brentwood e Bel Air, no sul da Califórnia, escreve a Lusa.

A propagação das chamas trouxe “mais uma noite de terror e angústia inimagináveis”, de acordo com a supervisora do condado de Los Angeles, Lindsey Horvath.

A Universidade da Califórnia também está em “alerta máximo” e os residentes foram aconselhados a prepararem-se para abandonar o campus, de acordo com o Departamento de Florestas e Proteção contra Incêndios da Califórnia.

Em perigo está também o museum Getty Center, que alberga 125 mil obras de arte.

A Guarda Nacional da Califórnia disponibilizou mil soldados para Los Angeles, incluindo 250 com capacidade de combate a incêndios, de acordo com as autoridades norte-americanas.

O incêndio de Palisades, já o mais destrutivo da história da cidade, queimou mais de 89 quilómetros quadrados e está apenas contido em 11%.

O incêndio Eaton, localizado a nordeste e perto das cidades de Pasadena e Altadena, afetou mais de 57 quilómetros quadrados e está contido em 15%.

O incêndio de Kenneth foi o último dos seis a surgiu, tendo deflagrado na tarde de quinta-feira. As autoridades já confirmaram que este incêndio foi causado por fogo posto e que atualmente está contido em 80%.

O incêndio de Lidia foi no sábado totalmente controlado, enquanto o incêndio de Hurst está contido em 76%.

Mais de 100 mil pessoas permanecem sob ordens obrigatórias de evacuação.

Até ao momento, os incêndios florestais destruíram mais de 12 mil habitações e outros edifícios e queimaram 145 quilómetros quadrados.

Os números de casos de cólera notificados em Angola estendem-se já a três províncias, nomeadamente: Luanda, Bengo e Icolo e Bengo, num total de 119, entre os quais 12 mortes, segundo o último boletim do Ministério da Saúde, citado por Lusa. 

Entre 9 e 10 de Janeiro, Angola registou 24 novos casos, dos quais 20 no município de Cacuaco, em Luanda, onde se concentra a maior parte dos casos, três no município do Dande, em Bengo, e um no município de Catete, em Icolo e Bengo.

No total, foram registados 119 casos de cólera, sendo 56 de pacientes do sexo masculino e 63 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os dois e os 70 anos.

Foram notificadas 12 mortes, das quais 11 no município de Cacuaco, província de Luanda, e uma no município de Catete, província do Icolo e Bengo.

Estão em processamento no laboratório nacional de referência do Instituto Nacional de Investigação em Saúde, 12 amostras de casos suspeitos, sendo 10 do Cacuaco e 2 do Bengo.

O Minsa declarou o surto de cólera quando foi confirmado o primeiro caso, a 7 de janeiro, e ativou o Plano Nacional de Resposta contra a Cólera.

Um total de 28 soldados foram mortos em Benin, durante um ataque terrorista na fronteira com o Níger e o Burkina Faso. O ataque ocorreu numa base criada para o combate ao terrorismo. O governo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, contudo, o presidente da Assembleia e os partidos políticos do país expressaram solidariedade, além de pedir luto nacional pelo sucedido. 

O ataque terrorista ocorreu numa zona conhecida como Ponto triplo, perto da fronteira com o Níger e o Burkina Faso, onde 28 militares morreram vítimas dos jihadista e ainda não houve reacções oficiais por parte do Governo ou das forças armadas do Benim.

A base militar, criada em 2022 para combater o terrorismo, sofreu a maior perda de soldados desde a sua criação. Os 28 soldados faziam parte de uma operação que contou com cerca de 3 000 militares. 

O local atacado, uma base fortificada, foi incendiado após a investida com armas de fogo. O exército está a informar as famílias das vítimas, cujos corpos foram transportados para a cidade de Kandi.

Há já uma resposta militar, que inclui ataques aéreos e terrestres, resultando na neutralização de vários jihadistas.

O ataque foi condenado pelo presidente do Parlamento de Benin e o principal partido da oposição pediu ao Presidente Patrice Talon um luto nacional de três dias, além de um reforço regional no combate ao terrorismo, sugerindo uma maior colaboração com o Níger e o Burkina Faso.

Seis pessoas morreram a tiros, na madrugada deste sábado, numa tasca em Mpumalanga, na África do Sul. Em conexão com o crime, duas pessoas foram detidas para interrogatório.

O porta-voz da polícia de Mpumalanga, brigadeiro Donald Mdhluli, disse que um número não confirmado de vítimas feridas foi levada ao hospital. O motivo do tiroteio está ainda sob investigação.

O sector de Segurança, Protecção e Ligação da Comunidade de Mpumalanga disse que o incidente é chocante e considerou que uma vida perdida é demais. 

As autoridades pediram às testemunhas que alertassem a polícia sobre o paradeiro dos atiradores.

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