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O Gabão realizará uma eleição presidencial no dia 12 de Abril, disse o Conselho de Ministros. Os militares actualmente governam o país da África Ocidental após um golpe em Agosto de 2023.

“Sob este decreto, o colégio eleitoral será convocado no sábado, 12 de Abril de 2025”, disse um comunicado do Governo, emitido na quarta-feira à noite após uma reunião do gabinete ministerial.

O anúncio ocorre após a adopção, no último domingo, pelo parlamento do Gabão de um novo código eleitoral, que define as regras e condições para a organização de eleições no país.

A legislação, que exige aprovação do Tribunal Constitucional, é polêmica, pois autoriza militares a serem candidatos em todas as eleições políticas do país, o que não era possível no passado.

Isso poderia permitir que o general Brice Clotaire Oligui Nguema, que liderou o golpe de 2023 que derrubou o ex-presidente Ali Bongo Ondimba, concorresse ao seu primeiro mandato presidencial.

A constituição do Gabão, adoptada por referendo em Novembro, estabelece o mandato presidencial em 7 anos, renovável uma vez.

O presidente norte americano, Donald Trump, exige um pedido de desculpas da bispa episcopal de Washington, pelos seus pronunciamentos durante a cerimónia da tomada de posse, onde pediu clemência e misericórdia do republicano para com a  comunidade LGBTQ+ e dos migrantes.

Mariann Budde, dirigiu parte da acção religiosa durante a cerimónia da tomada de posse de Donald Trump, na última segunda-feira, como novo Presidente da República dos EUA, e lançou um pedido ao republicano.

Durante o sermão, a primeira mulher a liderar a diocese episcopal de Washington pediu ao republicano clemencia a favor da comunidade homosexual e de milhões de imigrantes residentes no país.

“Em nome do nosso Deus, peço que tenha misericórdia das pessoas em nosso país que estão assustadas agora. Há crianças gays, lésbicas e transgêneros em famílias democratas, republicanas e independentes, algumas que temem por suas vidas. Achei que tinha uma oportunidade e queria fazê-lo, e é cuidadoso e respeitoso”, pediu a bista.

Trump ouviu atentamente e precisou de dois dias para tecer comentários. Na sua rede social, o Estadista Americano lançou duras críticas à reconhecida teóloga, que se dedica às causas de direitos humanos de interferir nos seus planos, e exige um pedido de desculpas.

 “Ela trouxe sua igreja para o mundo da política de uma forma muito desagradável. Ela foi desagradável no tom, e não convincente ou inteligente”, escreveu Trump em sua rede social, alegando que a religiosa devia ter mencionado as brutalidades que os imigrantes causam ao chegar aos EUA.

Em reação a crítica do líder da Casa Branca, Mariann Budde disse não se arrepender pelos seus pronunciamentos, até por entender ter os feito em momento oportuno.

“Está fundamentado em nossas escrituras. Eu não estava falando apenas, esta não era apenas minha opinião, isto é o que nós como cristãos, pessoas de fé, todos os espectros representados naquela plataforma. Estes são os ideais aos quais somos convidados a viver nossas vidas e a ordenar nossa sociedade”, reagiu.

Em menos de uma semana de governação, Donald Trump já assinou vários decretos com impacto social, económico e político.

Em pouco mais de duas semanas, Angola teve 702 casos de cólera. A doença já matou 32 pessoas naquele país da África Austral.

Com epicentro em Luanda, no município de Cacuaco, a cólera em Angola estendeu-se a mais quatro províncias: Bengo, Icolo, Malanje e Huambo.

A doença não só está a infectar pessoas, como também tem estado a fazer mortes: há 32 óbitos registados, desde a eclosão do surto a 7 de Janeiro. Há também 32 internados, de acordo com dados do Ministério da Saúde angolano.

Os grupos etários mais afetados são dos 2 aos 9 anos de idade, mais há também infectados de mais de 80 anos.

O novo chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, prometeu “apoio inabalável” a Israel. Segundo o departamento de Estado norte-americano, a promessa foi feita durante uma chamada telefónica com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Através de um comunicado, a porta-voz do departamento de Estado, Tammy Bruce, informou que, na quarta-feira, Marco Rubio falou com Benjamin Netanyahu para “sublinhar que o apoio contínuo e inabalável dos Estados Unidos a Israel é uma prioridade máxima para o presidente Donald Trump”. 

Rubio também “felicitou o primeiro-ministro pelos êxitos de Israel contra o Hamas e o Hezbollah, comprometendo-se a trabalhar incansavelmente para ajudar a libertar todos os reféns ainda detidos em Gaza”, acrescentou.

No domingo passado, Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas começaram a aplicar um cessar-fogo, numa guerra que se arrastava há 15 meses, na Faixa de Gaza, que prevê uma troca de reféns e de prisioneiros.

O novo presidente norte-americano revelou, porém, na segunda-feira, poucas horas após a sua tomada de posse, que “não tinha a certeza” de que as tréguas em Gaza se mantivessem.

Numa das suas primeiras decisões, o presidente Donald Trump pôs igualmente termo às sanções impostas por Joe Biden aos colonos israelitas extremistas na Cisjordânia ocupada, na sequência das agressões destes contra os palestinianos.

Segundo o Departamento de Estado, Rubio também contactou o homólogo dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al Nahyan.

Atrasos no envio da missão internacional de apoio policial para o Haiti pode permitir que gangues “tomem conta” de toda a capital. O alerta foi feito pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.

“O tempo está a esgotar-se. Qualquer novo atraso ou lacuna operacional na prestação de apoio internacional à polícia nacional (…) corre o risco de um colapso catastrófico das instituições de segurança nacional. Os gangues podem tomar conta de toda a área metropolitana (de Port-au-Prince), levando ao colapso total da autoridade do Estado”, escreveu António Guterres num relatório, citado por Lusa.

Guterres lamentou o facto da missão estar “totalmente implantada”, mas a sua capacidade operacional ser limitada, e apelou ao reforço imediato, com pessoal, equipamento e financiamento.

Refira-se que, em Outubro de 2023, o Conselho de Segurança da ONU deu luz verde a uma missão internacional de apoio à segurança (MMAS), liderada pelo Quénia, para ajudar a força policial haitiana, que tinha sido esmagada pela violência dos gangues.

Entretanto, apenas cerca de 800 polícias de seis países é que foram, gradualmente destacados, dos mais de 2 500 esperados. Segundo a ONU, os ataques de gangues já controlam 85% da capital. 

“Estou chocado com a brutalidade e a escala da violência perpetrada por bandos armados contra a população local”, afirmou António Guterres, condenando os assassinatos, raptos, violações e outras atrocidades.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, pelo menos 5 601 pessoas foram mortas, no ano passado, no país das Caraíbas, mais mil, comparativamente a 2023.

Nesse contexto, no verão passado, os Estados Unidos, sob a presidência de Joe Biden e a pedido das autoridades haitianas, solicitaram a transformação da MMAS numa operação de manutenção da paz da ONU.

Contudo, perante a hostilidade da China e da Rússia, o Conselho de Segurança pediu a António Guterres que apresentasse um relatório sobre esta questão até ao final de Fevereiro.

Setenta e seis pessoas morreram e 51 ficaram feridas, esta terça-feira, na Turquia, após um incêndio que atingiu um hotel de 12 andares. 

O incidente ocorreu durante um feriado escolar e as 76 mortes ocorreram quando as vítimas tentavam saltar do prédio para escapar das chamas.

De acordo com informações avançadas pelo ministro da justiça turco, Yimlaz Tunc, citado pela imprensa internacional, quatro pessoas foram detidas, incluindo o gerente do Hotel. 

O hotel tinha 238 hóspedes registrados e até aqui são desconhecidas as causas do incêndio. 

Procuradores de 22 Estados dos EUA  apresentaram uma acção judicial para bloquear a iniciativa de Donald Trump de acabar com a prática migratória, conhecida como cidadania por direito de nascença. Enquanto isso, líderes mundiais estão reunidos em Davos, para debater estratégias económicas com o regresso ao poder de Donald Trump.

Um dia depois do Presidente norte-americano, Donald Trump, tomar várias decisões com impacto nos Estados Unidos da América e no mundo, surgem reacções de vários cantos do mundo, a começar mesmo pelos EUA.

Procuradores-gerais de 22 estados norte-americanos tentam, por via de uma acção judicial, bloquear a iniciativa de Trump de acabar com a atribuição de nacionalidade norte-americana a descendentes de imigrantes ilegais.

Mas as reacções às decisões do estadista norte-americano não param por aí. A  bispa de Washington, Marianne Budde, fez, na terça-feira, um apelo directo a Donald Trump, durante o seu sermão, para que tenha misericórdia da comunidade LGBTQ+, depois de Trump ter dito que os EUA só vão reconhecer dois géneros, o masculino e o feminino.

Em nome do nosso Deus, peço-lhe que tenha misericórdia das pessoas do nosso país que estão assustadas neste momento”, disse a reverenda.

Em resposta, Donald Trump disse que a religiosa foi desagradável no tom e não foi convincente nem inteligente. “Ela e a sua igreja devem um pedido de desculpas ao público”, escreveu o líder norte-americano na plataforma Truth Social, rede social da qual é proprietário.

Enquanto isso, na Europa, concretamente em Davos, Suíça, os líderes mundiais presentes no Fórum Económico Mundial apelaram à Europa para repensar urgentemente as suas estratégias económicas e regulamentares, especialmente com o regresso de Donald Trump ao poder nos EUA. Entretanto, não se sabe ainda que decisões sairão deste fórum económico que começou na segunda-feira e termina na sexta-feira, 24 de Janeiro.

Os presidentes da África do Sul e do Burundi foram os únicos líderes africanos a felicitar Donald Trump pelo seu regresso à presidência dos Estados Unidos. Os líderes esperam reforçar as relações bilaterais nos próximos cinco anos.

De acordo com a agência espanhola de notícias, a Efe, estes dois chefes de Estados da África subsaariana foram os únicos da região a felicitar Trump pela sua tomada de posse na segunda-feira em Washington, que marca o seu regresso à Casa Branca depois de ter governado o país entre 2017 e 2021.

Segundo escreve a Lusa, o Presidente do Burundi, Evariste Ndayishimiye, disse que, “no momento em que [Trump] toma as rédeas do poder, esperamos fortalecer os laços duradouros entre o Burundi e os EUA”.

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, escreveu também no X, antigo Twitter: “Estou ansioso por continuar a parceria estreita e mutuamente benéfica entre as nossas duas nações em todas as áreas da nossa cooperação”, disse Ramaphosa.

A África do Sul, que assumiu a presidência rotativa do G20 (grupo de países desenvolvidos e emergentes) a 01 de dezembro, já tinha manifestado o seu desejo, pouco depois da reeleição de Trump, de que o Presidente norte-americano participasse na cimeira de líderes e chefes de Estado que terá lugar em novembro próximo na África do Sul, escreve a Lusa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) lamenta a decisão dos Estados Unidos da América de abandonar este organismo. A decisão da retirada dos EUA foi anunciada na segunda-feira pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

“Esperamos que os Estados Unidos reconsiderem a sua posição e envolvam-se num diálogo construtivo em prol da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas em todo o mundo”, disse o porta-voz da OMS em Genebra, Tark Jasarevic.

Citado pela Lusa, o porta-voz afirmou que a retirada efectiva dos Estados Unidos ocorreria dentro de um ano. Jasarevic recordou que os Estados Unidos foram um dos fundadores da OMS em 1948 e a sua colaboração foi vital nas últimas sete décadas.

“A OMS e os Estados Unidos salvaram inúmeras vidas e protegeram todos de ameaças à saúde. Juntos, erradicámos a varíola e levámos a poliomielite à beira da erradicação”, disse o porta-voz da OMS.

Os Estados Unidos, que já tinham iniciado o processo de saída da OMS durante o primeiro mandato de Trump em 2020, são o principal doador e parceiro desta organização.

Espera-se que a saída dos Estados Unidos da OMS desencadeie uma grande reestruturação da instituição e prejudique os esforços globais de saúde pública, incluindo a vigilância e a resposta a surtos.

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