O sector privado diz estar cada vez mais condicionado com a intensificação de raptos no país. Os empresários exigem a colaboração do Governo na garantia da segurança de modo a assegurar um bom ambiente de negócios.
A onda de raptos no país e a dificuldade das autoridades em combater o crime está cada vez mais a minar o ambiente de negócios. Falando durante o lançamento da Conferência Anual do Sector Privado, o director Executivo da Confederação das Associações Económicas, Eduardo Sengo, manifestou preocupação em relação à situação.
“Esse aspecto impacta negativamente junto do empresariado local, que não se sente seguro para continuar com o negócio. Sentimo-nos condicionados quando temos esse tipo de cenário, não só raptos. Tem a situção de terrorismo em Cabo Delgado. Então, solicitamos que o Governo resolva esse problema que é central. Obviamente que temos outros, mas esse é mais preocupante para o sector empresarial”, apelou o director Executivo da CTA, Eduardo Sengo.
O problema de raptos já se arrasta há vários anos e o Governo prometeu resolver com a criação da brigada anti-raptos, mas que, até agora, pouco se ouviu ou se viu a respeito da referida força.
“O que foi dito é que a unidade anti-rapto estava a ser viabilizada no sentido de ajudar-nos na resolução desses casos (raptos)”, acrescentou a Sengo.
Enquanto se aguarda pelo trabalho da brigada anti-rapto, o sector privado vai se reinventando com fundos próprios acabando a cada empresário fazer a contratação de seguranças, para sua proteção, facto que acarreta enormes custos.
De 2023 até Março deste ano, tinham sido detidas 42 pessoas em conexão com casos de raptos e mais detenções que têm ocorrido nos últimos dias, mas não há informação sobre mandantes dos crimes. Enquanto isso, os raptos continuam a assombrar o país.
O último rapto ocorreu na tarde de Sábado, na avenida Joaquim Chissano, na capital do país. A vítima que hoje pouco se sabe sobre o seu paradeiro, muito menos dos autores do rapto e um cidadão de origem asiática.