O “assalto” de ontem à vila da Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, terminou em morte, destruição de infra-estruturas públicas e privadas e sequestro de algumas pessoas cujo paradeiro é desconhecido, disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Filmão Suaze.
Por volta das 04h30 da madrugada desta segunda-feira, um grupo de insurgentes tomou de assalto a vila de Mocímboa da Praia, içou a sua bandeira e realizou ataques que se prolongaram até ao princípio da tarde.
Os ataques visaram igualmente o quartel das Forças de Defesa e Segurança, confirmou, ontem, o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), em declarações à imprensa.
Na sessão desta terça-feira, o Conselho de Ministros analisou, entre várias matérias, a situação. Sem precisar os danos causados pelos insurgentes, o porta-voz do Conselho de Ministros, Filmão Suaze, disse que as autoridades constaram que “os malfeitores retiram-se”, mas deixaram “rastos em alguns locais da vila: sangue, corpos humanos e pessoas levadas para lugar incerto”.
“Na madrugada de ontem, 23 de Março, um grupo de malfeitores invadiu a vila da Mocímboa da Praia”, onde destruiu “várias infra-estruturas públicas e privadas”, criou “dificuldades de circulação de pessoas e bens pro longas horas” enquanto havia confrontação armada entre os insurgentes e as Forças de Defesa e Segurança, contou Filmão Suaze.
Decorre o levantamento dos danos causados às instituições públicas e privadas, assim como de eventuais feridos e perdas humanas, disse a fonte.
Por causa “desta situação, os ministros do Interior e da Defesa encontram-se no terreno a fazer um trabalho” que permitirá avaliar o impacto das acções dos malfeitores.
O Governo continua a apelar maior vigilância da população, em particular dos jovens em relação aos ataques armados em Cabo Delgado.
Entretanto, a vida voltou à normalidade, pese embora de forma tímida, em Mocímboa da Praia, assegurou o porta-voz do Governo.