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Instituições do estado devem 192  milhões  a ADRS em Gaza e Inhambane

Os sectores da saúde e de  Educação lideram o ranking das instituições do estado que consomem água e não pagam nas províncias de Gaza e Inhambane, na sequência, a Empresa Águas da Região Sul acumulou um prejuízo de mais 540 milhões de Meticais. A informação foi avançada em Xai-Xai, no arranque da campanha de recuperação da dívida que vai abranger mais 23 clientes até Dezembro.

Várias instituições do estado devem milhões à empresa Águas da Região Sul. São mais 192 milhões de meticais em dívida acumulada por várias entidades públicas, sendo que fasquia maior é dos sectores da Saúde e Educação nas províncias de Gaza e Inhambane.

“Também  está com um percentual maior na ordem de 192 milhões. Em termos de instituições, estamos a dizer que nós temos instituições a nível da educação, temos a saúde”, sublinhou  Tomás Langa,  Director Comercial Águas da Região Sul (Adrs).

Encontram-se, também, na “linha vermelha” clientes domésticos, comerciais e industriais, englobando ao todo 98 mil clientes, na sua maioria de Gaza.”Cerca de 540 milhões no seu total. Concretamente, Xai-Xai, Chókwé,  Chibuto, Inhambane e Maxixe. Mas temos na categoria doméstica que está neste momento, na ordem de 300 milhões” 

E porque a situação afeta, entre outros, a expansão e melhoria da rede de abastecimento, a empresa Águas da Região do Sul arrancou nesta sexta-feira uma campanha de renegociação das dívidas.  

“Significa que um cliente que está com uma dívida, por exemplo, de 10 milhões, nós abrimos mais espaço,  e olhando para aquilo que é a capacidade financeira desse cliente. O mínimo, 200, 200, 300, 400, depende. Cada situação é uma situação. A nossa campanha está prevista até 31 de dezembro.E são 5 mil clientes, correspondendo a cerca de 23 mil pessoas que serão beneficiadas” concluiu.

Entre eles Blessing e Esmeralda residentes no posto administrativo de Patrice Lumumba em Xai-Xai, que acumularam uma dívida de mais de 10 mil meticais e por conta disto viram as torneiras fecharem-se por quase um ano.

“Mesmo para poder cozinhar e preparar algo para poder comer, era mesmo um desafio.Por conta de uma dívida de 5 mil, fiquei sem água sensivelmente por um ano e meio.Chegamos a um acordo pagar 600 meticais  mensalmente” frisou Blessing, residente em Patrice Lumumba.

Por conta do roubo de água e vandalização da rede, a empresa regista mensalmente perdas na ordem 33 milhões de meticais.

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