Inhambane já foi, em tempos, uma província rica em recursos florestais, com destaque para madeira de diversos tipos. Entretanto, ultimamente, o abate de árvores não é para produção de madeira, mas para fazer lenha e carvão.
Segundo o Director Provincial de Desenvolvimento Territorial e Ambiente em Inhambane, a província está a sofrer pressão da procura de lenha e carvão para a comercialização na cidade de Maputo, uma vez que este recurso já é escasso na vizinha província de Gaza, que era antes a fonte que, devido à proximidade, abastecia a capital do país.
Zacarias Cadre revela que este fenómeno já começa a causar efeitos na província de Inhambane que perde, por ano, cerca de mil hectares de floresta.
Outra situação que tira sono às autoridades é a erosão costeira que afecta todos os distritos costeiros da província, com destaque para Massinga, Morrumebene, Inhassoro e Zavala.
Em alguns casos, a erosão é consequência da acção do homem que promove o abate indiscriminado de árvores para diversos fins e, em outros casos, a erosão advém de causas naturais.
Para o Governador de Inhambane, Daniel Chapo, a protecção do ambiente passa pelo envolvimento de todos.
Chapo diz que se deve apostar na prevenção da erosão no litoral, mas também evitar o abate indiscriminado de árvores ou queimadas descontroladas no interior.
O governante participou, no sábado último, de um movimento de colocação de blocos e partiu de casualidade para a contenção da erosão nas praias de Inhambane.