O cancro é a principal causa de morte em pessoas com idade superior a 50 anos em Moçambique. O país conta desde a partir de hoje com novo Centro de Pesquisa Científica e Formação em Saúde com objetivo de promover pesquisas clínicas e formações certificadas aos profissionais de saúde de diferentes áreas, tendo o cancro como sua área de excelência.
A informação foi avançada pelo vice-ministro da saúde Ilesh Jani durante a sua passagem pelo Hospital Central de Maputo onde testemunhou a entrada em funcionamento do Centro de Pesquisa Clínica e Treino.
“Vimos durante a visita ao centro que um dos principais focos é o cancro. O cancro é a causa importante na mortalidade no nosso país, neste momento, o cancro já é a principal causa de mortalidade em pessoas com mais de 50 anos, é a terceira causa mais importante na mortalidade, no grupo etário entre os 15 e 48 anos de idade. Portanto, o cancro não é uma preocupação do futuro no nosso país, é uma preocupação presente no nosso país.”
Para além do cancro do colo do útero espera-se que este centro pesquise sobre outras doenças que afectam moçambicanos. Apelou o governante.
“Esperamos também que o centro possa promover e dinamizar pesquisas em outras áreas, doenças não transmissíveis. Por exemplo: a hipertensão é uma doença com enorme prevalência, diabetes, também as doenças infecciosas, o trauma. Portanto, o nosso país vive hoje o triplo fardo da doença, entretanto realizar pesquisas dessa doença é fundamental.”
O centro custou cerca de um milhão e meio de dólares financiados pelo governo americano que anualmente desembolsa cerca de cinco milhões de dólares para o diagnóstico, prevenção e tratamento do cancro do colo do útero em todo país, de acordo com Irene Benech, representante do governo norte-americano.
“Entre outubro de 2022 e setembro de 2023, essa atividade permitiu que cerca de 400 mil mulheres vivendo com HIV fossem rastreadas para o cancro do colo do útero.”
A Organização mundial da saúde enaltece os esforços do país na pesquisa e tratamento de cancro.
“A Organização Mundial da Saúde considera essas investigações científicas, toda produção científica um bem comum e que deve estar disponível para ser partilhado.” avançou Tomás Valdez, em representação da OMS.
O recém-inaugurado centro de pesquisa clínica e treino está equipado com tecnologia de ponta, vai beneficiar a academia dentro e fora do país e incluindo hospitais nacionais de referência.