Lixo, águas estagnadas e mau cheiro “afugentam clientes” no maior mercado de Gaza. Vendedores do Mercado Limpopo exigem do Município acções concretas para pôr fim ao martírio a que estão sujeitos, sempre que chove.
As chuvas que caíram nos últimos dias agudizaram o drama dos vendedores do Mercado Limpopo em Xai-Xai.
Partilhamos espaço com lixo e sapos. No meio do mercado formou-se um rio, mas o município nada faz perante a situação”, disse um dos vendedores. Lixo e águas estagnadas a exalar mau cheiro.
Outro vendedor diz, que são obrigados a contratar serviços particulares para recolha do lixo”.
Com as valas de drenagem de águas fluviais danificadas, há mais de 4 anos, sempre que chove o cenário se repete. Produtos frescos disputam espaço com águas estagnadas. Munícipes consideram um atentado à saúde pública.
“A nossa saúde corre risco, não temos contentor, não temos sanitário para necessidades menores” , avançou.
Debaixo da chuva e do sol, homens e mulheres batalham pelo “pão”. A vendedora Ana Chichava, por exemplo, diz estar a somar prejuízos desde que as águas invadiram o mercado. Uma inquietação que é compartilhada por outros vendedores.
“Não conseguimos capturar clientes desde que as águas pararam no meio do mercado, não temos soluções” , lamentou a vendeira.
Os vendedores garantem pagamento das taxas diárias de 25 meticais e mensais que chegam a 750 meticais. Exigem do Município acções concretas para pôr fim ao martírio a que estão sujeitos, sempre que chove.
“Só sabem cobrar taxas, trabalho que é bom, não vemos nada. Estamos cansados e exigimos que o município faça o seu trabalho”, reclamou uma vendedeira.
O município da cidade de Xai-Xai reconhece o problema e promete soluções até a próxima quarta-feira.”O vereador Benaias Cofe avançou que em breve serão concluídas as obras de limpeza das valas de drenagem de águas fluviais danificadas”.
O maior mercado da província, construído no contexto das cheias de 2000, movimenta diariamente mais de 5000 meticais.