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IMOPETRO: não há ruptura de stock, há problemas operacionais

Em menos de duas semanas, houve registo de escassez de combustíveis em três cidades de igual número de províncias em Moçambique. A entidade responsável pela importação e controlo da disponibilidade do produto no país assegura que as quantidades ainda são suficientes para responder às necessidades do mercado.

A agente exclusiva de importação de combustíveis líquidos e gasosos em Moçambique, a Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO), esclareceu, esta terça-feira, ao jornal O País que os recentes episódios de falta de combustíveis em alguns postos de abastecimento em três cidades do país não têm relação com o stock de produtos.

Num contexto em que pouco antes do natal, a Cidade de Quelimane, na província da Zambézia, registou escassez do produto, seguida de Pemba, capital de Cabo Delgado no dia 27 de Dezembro e ontem, mais recentemente, a cidade de Nampula, o porta-voz da instituição explica que o problema de fundo está relacionado a questões operacionais.

Segundo ele, “o produto, quando é descarregado no tanque, deve ficar um certo tempo para assentar, para se fazerem os devidos testes. Depois há a questão das obrigações aduaneiras para libertar o mesmo produto, que é quando as distribuidoras vão carregar nesses terminais, que são as saídas desses produtos”, detalhou Miceles Miambo, como forma de revelar que “não temos nenhum problema, em termos humanos, para garantir que este serviço ocorra nas perfeitas condições, por isso esta demora ficou resolvida em menos de 24 horas, para o caso de Quelimane”.

Segundo a importadora, a escassez registada na Zambézia foi também influenciada pelo facto de o combustível consumido na província ter de ser transportado em camiões a partir dos portos de Maputo e/ou da Beira.

É a mesma situação que ocorreu no caso de Nampula. No entanto, a IMOPETRO descarta qualquer possibilidade de escassez do combustível no país. “A questão de Nampula já está acautelada, já está resolvida, e é mesmo uma questão operacional. É a distribuição do produto. Mas nós temos combustível suficiente em todos os portos, não só em Nacala, mas a nível nacional. Inclusive em alguns há navios à espera, porque não temos capacidade suficiente para receber os navios”, acrescentou.

No entanto, não é coincidência que estes episódios tenham sido registados em plena quadra festiva.

Não podemos também esquecer o momento em que estávamos – em plena quadra festiva. Estávamos a trabalhar, sim, porque nós não paramos, mas há sempre uma ligeira demora em termos que disponibilidade para as distribuidoras a nível dos seus tanques e também nas bombas para os seus clientes.

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