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Igrejas são chamadas a interceder pela paz no país e no mundo

Foto: O Apaís

Mais do que palavras, é preciso pôr em prática todos os mandamentos da lei de Deus conhecidos, para promover a harmonia, a paz e liberdade religiosa, defende o secretário permanente do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos. Manuel Muchanga falava hoje na celebração do Dia Internacional da Fraternidade Humana.

Assiste-se no mundo ao aumento de actos de intolerância, discurso de ódio e desrespeito da diversidade, o que contraria os mandamentos da Religião e o espírito da Fraternidade Humana para a Paz Mundial e para a coexistência pacífica.

Este sábado, diferentes personalidades juntaram-se na Cidade de Maputo, por ocasião da celebração do Dia Internacional da Fraternidade Humana e do Dia Mundial da Religião, e sublinharam a importância da compreensão mútua e promoção da tolerância na sociedade.

Numa reunião com os líderes de diferentes religiões, o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos destacou a importância da união para a paz.

“Hoje, continuamos a viver em um mundo caracterizado por pandemias, conflitos, mudanças climáticas e violência, infelizmente, incluindo conflitos religiosos, que continuam a causar enorme sofrimento, marcam a vida de muitas pessoas, particularmente as mais pobres e vulneráveis, e restringem o desenvolvimento local, nacional e global”, disse Manuel Malunga, Secretário Permanente do Ministério da Justiça.

Para Malunga, mais do que palavras, é preciso que haja acções que criem mudanças positivas na sociedade.

“Precisamos ter paz genuína como indivíduos, pois é somente através da paz interior que podemos ter a verdadeira paz exterior. Sem isso, os seres humanos continuarão a competir e a rivalizar constantemente. A acção inter-religiosa tem o poder de influenciar a vida das pessoas e pode ter um papel vital na promoção de uma acção colectiva positiva, para prevenir e reduzir a violência baseada no género, contra crianças, pessoas com deficiência e outros desafios sociais”, acrescentou.

A secretária de Estado da Província de Maputo e a representante da UNESCO em Moçambique apelaram as igrejas a deixarem as diferenças de lado e trabalharem para a harmonia social.

“Tenhamos presente que estamos num momento em que a religião não é motivo para guerras e conflitos entre os povos e acreditamos que com a renovação da cooperação e promoção das relações inter-religiosas e o diálogo inter-cultural pode contribuir para a resolução de vários desafios locais”, explicou Judith Mussácula.

Já Paulo Gume aconselha que “é sobre a humanidade e a paz que devemos falar. E sobre a paz devemos tomar esta experiência que diz: Se quiser ir rápido, vá sozinho, mas se quiser ir longe, vá acompanhado. A paz é um processo longo e duradouro”, completou.

Os intervenientes falavam por ocasião do Dia Internacional da Fraternidade Humana, celebrado a 04 de Fevereiro, e do Dia Mundial da Religião, assinalado a 21 de Janeiro passado.

É sobre a humanidade e a paz que devemos falar. E sobre a paz devemos tomar esta experiência que diz: se quiser ir rápido, vá sozinho, mas se quiser ir longe, vá acompanhado. A paz é um processo longo e duradouro.

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