O País – A verdade como notícia

Ídio Chichava entre os finalistas do prémio SEDA

O bailarino e coreógrafo Ídio Chichava está entre os cinco finalistas da edição inaugural do maior prémio europeu de dança Salavisa European Dance Award (SEDA), anunciou a Fundação Calouste Gulbenkian de Portugal, segundo uma nota de imprensa.

Juntamente ao moçambicano está a portuguesa Catarina Miranda, a marroquina Bouchra Orizguen, a franco-argelina Dalila Beleza e a anglo-ruandesa Dorothée Munyaneza.

Ao vencedor é garantido uma tourné pelos teatros e festivais membros do prémio e um valor monetário de 150 mil euros, que será entregue após a decisão de um júri que é constituído por três especialistas na dança contemporânea, nomeadamente Nayse Lopes, Mette Ingvartsen e Tang Fu Kuen.

O prémio Salavisa European Dance Award (SEDA) foi lançado no ano passado pela a Fundação Calouste Gulbenkian para distinguir o talento de artistas da dança em todo mundo e como forma de homenagear o coreógrafo Jorge Salavisa (1939-2020).

Para além da Fundação Calouste Gulbenkian, seis importantes instituições juntaram-se para constituir este prémio na apresentação pública do trabalho, designadamente, Maison de la Danse/ Bienal de Lyon (França), Sadler’s Wells (Reino Unido), ImPulsTanz (Áustria) K.V.S (Bélgica), Dansehallerne (Dinamarca).

O coreógrafo Ídio Chichava é tido como artista que mostra Moçambique actual, de gente resiliente e sonhadora, apesar dos infortúnios que o país passa, desde as guerras que assolam Cabo Delgado, no Norte, até às calamidades cíclicas. A sua pesquisa sobre a ocupação de espaços, trabalhando com comunidade da periferia, desempenha uma função estimulante na criação de escrituras de novos vocabulários cénicos.

Com experiência no ramo de improvisação iniciado por renomados coreógrafos e professores como Panaibra Gabriel, Horácio Macuácua, Boyzie Cekwana, Thomas Hauert, David Zambrano e Lia Rodrigues, a jornada artística de Chichava inclui experiências humanas e criativas muito ricas com as companhias CulturArte e Kubilai Khan Investigations, onde explorou a criação In Situ e performance em espaços não convencionais, desde pátios escolares até parques e ruas urbanas.

O último trabalho de Chichava, intitulado “Vagabundus”, apresentado nas celebrações da décima edição do KINANI, que, igualmente acolheu a bienal africana “Danse En Afrique”, foi um dos que ganhou muita notoriedade no seio dos programadores e do público em geral.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos