2019 começou sem vítimas mortais resultantes da adrenalina típica da transição do ano, nos Serviços de Urgências do Hospital Central de Maputo. De 31 de Dezembro ao primeiro dia de Janeiro, o Banco de Socorro da maior unidade sanitária do país até recebeu muitos pacientes, 454 ao todo. Deste universo, destacam-se 25 vítimas de acidente de viação, 24 que caíram e 23 vítimas de agressão física, tendo sido internadas 56 pessoas.
Avaliando os dados anotados, comparando ao que tem sido tendência quotidiana, a médica clínica geral do Hospital Central de Maputo, Ivânia Marcos, considera que o número de pacientes, vítimas de acidentes rodoviários, que tiveram de assistir nesta transição é relativamente razoável. “Claro que o número de acidentes e de feridos assistidos não é o mesmo que de outro dia do ano, mas considerando o que tem acontecido nos finais-de-ano, são normais. Não tivemos um aumento alarmante em relação aos outros dias”, afirmou a clínica, no balanço da transição do ano feita na manhã de hoje.
Do mesmo modo que os profissionais da saúde do Hospital Central de Maputo atenderam a casos relacionados com acidentes rodoviários e agressão física, assistiu aos pacientes feridos e com queimaduras causadas por objectos pirotécnicos, os vulgares “paixões”. No total, desta vez, foram cinco casos registados, dos quais dois pacientes receberam alta hospital e três continuavam, até às 10h de hoje, em observação. Dos afectados, um teve queimadura na mão, outro na face e os restantes nos olhos.
De acordo com a Chefe de Equipa 2 do Hospital Central de Maputo, há uma explicação para que nesta passagem de ano não se tenham registado muitas vítimas de queimaduras causadas por “paixões”: “a população tem estado mais consciencializada sobre os riscos de usar objectos pirotécnicos. Por isso, tem optado por ter mais cuidado no manejo”.
Na primeira manhã de Janeiro, o Banco de Socorro do Hospital Central de Maputo registou a entrada de poucos pacientes. Não obstante, nas últimas 24 horas, lá morreu uma pessoa, vítima de doença, portanto, nada a ver com os casos que têm ocorrido durante a transição.