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Homens com catanas ameaçam automobilistas na Zambézia 

Um grupo de homens munidos de catana está a bloquear a Estrada Nacional Número Um (EN1), no troço Ligonha a Alto-Molocué, na província de Zambézia. Os automobilistas são obrigados a pagar para poderem passar pelo local.

Até quinta-feira, em 50 km de estrada, havia três barricadas. Automobilistas partilharam com “O País”, os momentos de terror que viveram.   Vídeos publicados nas redes sociais ilustram um dos pontos da EN1, com barricadas, especificamente, no troço Ligonha a Alto-Molocué. Nas mesmas imagens são visíveis homens com catanas nas mãos, enquanto exigiam valores monetários, para permitir que a viagem continue. 

“Quando a gente sai de Alto-Molocué, logo antes da subida da cerimónia, encontramos barricadas. Então, descemos todos, porque era uma bicha de camiões, descemos e removemos as barricadas. O segundo sítio, foi em Alto Ligonha, em Alto Ligonha, estavam jovens que arremessaram pedras contra o camião. Os polícias estavam a nossa trás, então eu buzinei e os polícias chegaram alí e dispararam”, contou um condutor. 

E só com os disparos da polícia é que se conseguiu conter os jovens que arremessavam pedras. O condutor conta ainda que depois do episódio, a polícia propôs que o camião seguisse a viatura da PRM, por questões de segurança. 

“Encontramos mais barricadas, mas no primeiro sítio em que encontramos barricadas, tinha um camião queimado (…) é assustador, eu agora carreguei, mas não posso sair porque o caminho está mal”. 

A polícia na Zambézia confirma a ocorrência de casos e assegura que está a trabalhar no terreno, para repor a transitabilidade. “Após a tomada de conhecimento, por parte da Polícia da República de Moçambique, tomamos medidas profiláticas, no sentido de repelir aqueles comportamentos. Agora que me refiro, há em toda a Estrada Nacional Número Um e outras subjacentes à livre circulação de pessoas e bens (…) a polícia está a intensificar medidas para a ressarcir todo o comportamento que tende a perturbar a ordem pública”, avançou Miguel Caetano do Comando Provincial da Zambézia.

Já em Nampula, a Associação dos Transportadores manifesta preocupação à volta do assunto. Além de cobrar valores monetários, os manifestantes exigem bens, aterrorizando deste modo os que usam aquela a única via por terra que liga o país. 

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