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“History in the flame”… o 10º disco de Jimmy Dludlu chega em Maio

Jimmy Dludlu vai lançar o seu mais recente trabalho discográfico este mês. History in the flame é um álbum constituído por 20 músicas e terá a chancela da Universal Records da África do Sul.

Com 13 anos de idade, Jimmy Dludlu frequentava a Escola Estrela Vermelha, na Cidade de Maputo. Nos finais dos anos 70/ início de 80, num ápice, Stewart Sukuma descobriu o talento do guitarrista e, aí, iniciou uma relação musical que, mais tarde, resultou na participação de Jimmy Dludlu na gravação de oito músicas do álbum Afrikiti, do seu mentor. Teve de acontecer, contra as expectativas de produtores sul-africanos. “Na África do Sul, não conhecendo Jimmy, quando gravávamos para Afrikiti, os produtores disseram que havia grandes guitarristas em Joanesburgo e questionaram-me por que queria gastar dinheiro ao chamar um guitarrista em Cape Town. Eles disseram assim: ‘queres gastar dinheiro por causa de uma guitarra? Eu respondi que sim, por causa de uma guitarra especial”. Os mesmos produtores que confrontaram Stewart Sukuma, com efeito, passaram a ter Jimmy Dludlu como guitarrista de eleição.

O autor de Tonota, Echoes from the past ou Afrocentric não se esquece do peso que o seu mentor teve na sua carreira. “Foi Stewart que me chama de Cape Town para fazer gravação do Afrikiti, com Hugh Masekela. Foi aí que eu aprendi o afro/jazz”. Jimmy aprendeu e, ao longo da viagem pelo ritmo que escolheu, nunca cessou. Lá vão nove discos. O 10º, History in the flame, será lançado este mês. Primeiro, na África do Sul, e, depois, em Moçambique.

Constituído por 20 músicas, no novo álbum, pela primeira vez, Jimmy Dludlu faz uma fusão dos ritmos mapiano e jazz. Com efeito, mais do que música, o disco é uma homenagem a Bob Marley, Aretha Franklin, James Brown, Hugh Masekela e Miriam Makeba, artistas que marcaram, profundamente, a carreira de Jimmy. Do mesmo modo, o guitarrista homenageia Eugénio Mucavele, com uma música sobre o metical, recriação feita ao original daquele astro da música ligeira moçambicana. A música que diz “metical não tem azar está disponível nas redes sociais desde esta sexta-feira, em jeito de contributo para as celebrações do Dia Internacional do Jazz.

“Quero dar parabéns ao Jimmy pela carreira fulgurante. Em termos musicais, é dos que atingiu níveis impensáveis. É uma boa referência para os músicos novos e engana-se quem pensa que ele apenas toca jazz, ele toca tudo e escolheu o jazz como forma de estar e de viver a música”, afirmou Stewart Sukuma, numa sessão em que, na companhia de Ótis, os três músicos lembraram velhos e bons tempos.

Com colaborações de Moreira Chonguiça, Rodhália Silvestre e Camilo Lombard, fazem parte do 10º disco de Jimmy Dludlu músicas como “Get up stand up”, “Vamu Txadile”, “Fruitf spirit”, “Human trafficking”, “Gove”, “Mediterrean crossing”, “Levanta poeira”.

History in the flame sai sob a chancela da Universal Records da África do Sul.

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