O Hospital Central de Maputo não está a receber alimentos para os pacientes, devido à dificuldade de circulação, causada pelos protestos, na cidade de Maputo. A directora-clínica substituta, Eugénia Macaça, avançou que, caso a situação prevaleça, se corre o risco de reduzir a refeição dos pacientes.
Falando à imprensa, durante o briefing semanal do Hospital Central de Maputo (HCM), Eugénia Macaça avançou que os serviços médicos estão condicionados, devido à falta de profissionais de saúde.
“Estamos a atravessar um momento crítico no Hospital Central de Maputo, com o número de doentes por trauma maior em relação aos outros anos, nesta época, e com o número de profissionais de saúde reduzido. Esta redução do número de profissionais de saúde deve-se à dificuldade que existe, para chegar à unidade sanitária”, disse a directora-clínica substituta.
Por esta razão, o HCM voltou a apelar que haja permissão, para que os trabalhadores de saúde e as ambulâncias passem, de forma a prestar cuidados aos pacientes.
Eugénia Macaça avançou ainda que o HCM não está a receber comida para os seus pacientes, devido a dificuldade de acesso às unidades sanitárias pelos fornecedores.
“Nós temos capacidade de 1 500 camas, mas, neste momento, temos uma média de 900 pacientes internados. Precisávamos de ter refeição para estes pacientes, na quantidade e qualidade certa. O que vamos fazer com o que temos, vamos dar, mas não é suficiente, porque os pacientes não ficam satisfeitos”, explicou.
Macaça diz que não há pacientes que ficam sem comida, mas alerta que, caso a situação prevaleça, o cenário poderá mudar.
Sobre as entradas, durante o dia de ontem, Eugénia Macaça partilhou que o HCM recebeu 161 pacientes, dos quais 117 por trauma. Deste número, 19 foram por queda, 14 por acidente de viação, oito por agressão física, quatro feridos por arma branca e 62 feridas com arma de fogo, entre pacientes graves e moderados.