O volume das receitas da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) que deu entrada nos cofres públicos, atingiu cerca de 10 milhões de dólares no fecho do primeiro semestre deste ano, mais do dobro que em igual período de 2017.
No primeiro semestre do ano passado, a HCB canalizou para o Estado perto de 4,4 milhões de dólares em receitas, segundo a Direcçao Nacional do Tesouro (DNT).
Mais uma vez, esta hidroeléctrica, situada na vila de Songo, província central de Tete, foi a empresa do grupo das concessionárias que mais injectou receitas aos cofres do Estado moçambicano.
O valor da contribuição da HCB é equivalente a 43,7% do peso das receitas das empresas concessionadas pelo Estado, tendo registado um crescimento de 137,9% em termos nominais, indica a Direcção Nacional do Tesouro.
O Corredor Logístico Integrado de Nacala (CLIN), com uma contribuição de 7,2 milhões de dólares (mais USD 2,5 milhões que no primeiro semestre de 2017), foi a segunda empresa do grupo das concessionárias que mais injectou fundos para os cofres públicos.
Terá influenciado o bom desempenho da HCB, a produção de energia eléctrica desta hidroeléctrica no primeiro trimestre de 2018, que situou-se em 3.433.504 megawatts por hora (MWh), o que representa uma superação em 1,61% da produção planificada para este período.
Este desempenho foi adverso a época chuvosa 2017/2018, cuja precipitação foi abaixo das expectativas na bacia do Zambeze, ou seja, cerca de quatro metros abaixo do que seria o desejável.
Face a prevalência de restrição imposta pelas condições hidrológicas, a operação na produção de energia continuará a realizar-se com base em quatro grupos geradores, mantendo-se a observação e análise da informação meteorológica e hidrológica para eventuais ajustamentos.
Perante a situação acima referida, a direcção da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, diz que será tomada a oportunidade para acelerar a implementação dos projectos no âmbito do CAPEX VITAL, um programa selectivo de investimento de reposição e modernização, tendo em vista a manutenção da operacionalidade e eficiência de equipamento, de acordo com a capacidade instalada, no médio e longo prazo.
“Face ao défice crescente de energia no país e na região e às oportunidades do mercado, é também fundamental que a HCB corresponda às expectativas e contribua para o desenvolvimento de novos projectos estruturantes de geração e transporte de energia, em particular Mphanda Nkuwa e linha STE”, segundo Pedro Couto, Presidente do Conselho de Administração da HCB.