Nas terras lusas, as empresas Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Electricidade de Moçambique (EDM) e o grupo Grupo Visabeira fecharam um negócio com os olhos virados não só para Moçambique, mas para a região.
Trata-se de uma parceria considerada estratégica para a criação de uma nova empresa dedicada à prestação de serviços de engenharia no sector da energia, num contexto em que a procura pelo recurso tende a aumentar na região.
De acordo com um comunicado enviado ao “O País Económico”, a nova sociedade, denominada Soluções Eléctricas Globais (SEG), resulta de um acordo parassocial celebrado no Fórum Empresarial Portugal–Moçambique.
O referido fórum aconteceu no Porto, cidade portuguesa, tendo o Presidente da República, Daniel Chapo, e o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, testemunhado a assinatura do acordo pelos líderes das três empresas.
Refere a nota que temos vindo a citar que, de acordo com Fernando Daniel Nunes, vice-presidente do Grupo Visabeira, a parceria pretende reforçar a capacidade de prestação de serviços e projectar Moçambique noutros mercados.
Na estrutura societária da SEG, a Visabeira Global deterá 40% do capital, enquanto a Electricidade de Moçambique e a Hidroeléctrica de Cahora Bassa terão 25% cada, e os restantes 10% vão pertencer a capitais próprios.
Segundo Nunes, a SEG vai prestar serviços de engenharia na área de energia, não só em Moçambique e nos países vizinhos, mas também na Europa.
“Face aos grandes investimentos existentes na Europa no âmbito da transição energética e do reforço da infra-estrutura eléctrica, existe actualmente uma lacuna de empresas capazes de responder à procura do mercado”, explicou.
Segundo o comunicado de imprensa, os próximos passos no lançamento da nova sociedade envolvem a captação e formação de recursos humanos em centro de formação qualificado, “para operar e executar os trabalhos o mais rapidamente possível, garantindo que as oportunidades de investimento sejam concretizadas eficientemente”, acrescentou Fernando Daniel Nunes.
“Moçambique mantém-se como um mercado de referência histórica para o grupo, com o qual mantém uma forte ligação emocional e cultural, fruto da relação construída pelo fundador da empresa com o país”, aponta o comunicado.

