Há mais adesão ao autoteste do HIV/SIDA no país Entretanto, poucas pessoas encaminham os seus resultados às unidades sanitárias. A informação foi partilhada hoje, pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago, durante uma campanha de sensibilização.
Fazer o teste do HIV/SIDA era a palavra de ordem, na campanha de mobilização de pessoas para o diagnóstico e tratamento da doença, alusiva ao Dezembro Vermelho, realizada este sábado, na Cidade de Maputo, e dirigida pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago.
Trajados de camisetas persuasivas, a ideia era quebrar as barreiras do estigma e descriminação.
Por isso, no local, houve espaço para a realização de uma feira de saúde.
“Nós temos que alcançar a nossa meta de 95-95-95. Vamos deixar as simples palavras e vamos agir. Qualquer que seja o resultado para o HIV, a solução está lá. Se for negativo, continue mantendo as medidas de prevenção e se foi positivo, dirija-se a unidade sanitária e inicie o tratamento antirretroviral. Com o TARV, somos todos iguais”, disse na ocasião, o ministro da Saúde, Armindo Tiago.
As mulheres dos 15 aos 49 anos de idade lideram a lista dos infectados por HIV/SIDA no país. Entretanto, com a campanha Testá-la, pretende-se que mais homens tenham conhecimento do seu estado.
“A campanha Testá-la tem a particularidade de ter sido construída tendo esse quesito em conta, buscando não só enquadrar a linguagem, a indumentária, os meios em que circulam os potenciais alvos, as idades, mas sobretudo do multifacetado mosaico sociocultural do nosso país, para deixar o apelo de conheça o seu sero-estado”, disse Diogo Milagre representante da Fundação para o Desenvolvimento das Comunidades (FDC), um dos parceiros da campanha Testá-la.
Dados do sector da saúde apontam que dos mais de 2.4 milhões de pessoas infectadas pelo HIV/SIDA, apenas 71,6% conhecem o seu estado, ou seja, perto de 700 mil pessoas vivem com a doença sem saber.
Só em 2022, mais de 48 mil pessoas no país morreram vítimas da doença.