Guilherme e Luís Rocha, da equipa Trentyre Rock Racing, foram os grandes vencedores da primeira corrida do Grande Prémio Picanto Cup 2022. A prova contou com a participação de 32 pilotos em representação de 16 equipas.
Referência obrigatória no desporto motorizado no país e além-fronteiras, o Grande Prémio Picanto CUP traz consigo grandes inovações esta temporada com a introdução de novas corridas e aumento considerável de número de pilotos, comparativamente ao ano passado.
A notoriedade e aceitação deste GP, a fórmula 1 de Moçambique como alguns designam, atraiu, por isso, muitas pessoas ao Autódromo Internacional de Maputo. Porque há uma norma, ou melhor, um protocolo sanitário a ser observado, os acessos ao palco do Grande Prémio Picanto CUP era limitadíssimo, tendo algumas ficado de fora. Regras são regras! Há que cumprir!
O público presente vibrou, de resto, com a adrenalina proporcionada pelos pilotos ao longo das provas de resistência. Há, aliás, a destacar a componente das claques que se viu este sábado nas bancadas do autódromo, assim como o investimento feito pelos participantes para dar melhor imagem e visibilidade às respectivas equipas.
Na componente desportiva, e em dia de grandes batalhas, tio e sobrinho fizeram história. Guilherme e Luís Rocha (ndr: filho de Rodrigo Rocha, presidente do ATCM) registaram, na classificação geral, os melhores tempos na prova de resistência no carro 61, deixando para trás a concorrência das equipas da Mediplus (representada por Rufino Fontes e Paul Delrec com o carro 08) e Moztek (Manuel Barbosa e Mauro Almeida ao volante do 21), que ocuparam a segunda e terceira posições, respectivamente.
No entanto, a dupla Crystian Bouché e André Bettencourt – vencedores do campeonato ano passado – fechou a prova em primeiro lugar ao cabo de uma hora de fortes emoções e disputas de cortar a respiração entre os pilotos. De resto, nas vésperas, a viatura dos campeões em título capotara e fora sujeita a intervenções por parte da equipa mecânica que tudo fez para que os pilotos pudessem partir para a prova de resistência com alguma segurança e melhor andamento.
Esta prova registou alguns incidentes, cuja resposta da organização pronta e imediata por parte da organização da prova.
Equilíbrio e trocas de posições foram as notas dominantes na 1ª e 2ª mangas, nas quais Rui Vilela, da Bluetech, e Bernardo Aparício, da CA Racing, cortaram a meta nas primeiras posições, respectivamente. Na 2ª manga, Rui Vilela, que recuperou algumas posições após um arranque menos promissor, foi mais forte que Pedro Oliveira (Moztkek) e Nico Banze (Racing).
Vilela acabou por disputar a prova num cenário em que a filha estava doente, tendo recebido apoio da esposa e dos colegas que equipa para o efeito.
Na manga A, ou seja, 1ª, Bernardo Aparício da equipa TA Racing saiu-se melhor que o seu directo opositor Luís Rocha, jovem e promissor piloto que terminou na segunda posição.
A primeira corrida do Grande Prémio Picanto CUP fechou em grande com a premiação dos pilotos e equipas que se destacaram na prova. O FNB, o mais recente parceiro, premiou monetariamente os primeiros classificados com valores que variam dos 10 a 25 mil Meticais.
INTERCAR PROMETE INOVAÇÕES
O director-geral da Intercar, Tiago Água, faz um balanço positivo da 1ª prova do Grande Prémio Picanto CUP 2022.
Tiago Água destaca, por exemplo, algumas o elevado nível competitivo demonstrado pelos pilotos nas provas de resistência, assim como o firmação de novas parcerias com o FNB e a Shell, novos patrocinadores juntam-se a uma iniciativa que está a fazer muito sucesso ao nível do desporto motorizado.
“Estamos satisfeitos com a prova. Penso que foi uma boa forma de começar o campeonato. Tivemos novas equipas no troféu. Mas também tivemos novas equipas e pilotos nos lugares da frente. Isto mostra que a dinâmica está a crescer”, começou por dizer Tiago Água.
O homem forte da Intercar diz ainda que a edição 2022 do Grande Prémio Picanto CUP promete que, porquanto, a organização vai introduzir algumas alterações que irão proporcionar grandes emoções e trazer ainda mais brilho ao evento.
“Vamos ter uma fórmula nova. Vamos substituir a corrida de resistência por mais duas provas de velocidade, sendo que a grelha é invertida. Isto pode parecer confuso, mas, na próxima prova, vai ser muito fácil perceber. Vamos ter quatro largadas e igual número de chegadas. Portanto, vai ser uma festa quase a dobrar”, prometeu Tiago Água.
Os patrocinadores merecem uma palavra de apreço, até porque, sem eles, não seria possível levar a cabo uma prova de grande dimensão: “Os novos parceiros vieram dar uma nova alegria. Já estávamos habituados à fasquia da ZAP e da Coca-Cola. Claramente que a Shell e FNB trouxeram uma alegria e brilho especial a festa”, notou.
Estava prova contou com a participação de 32 pilotos divididos em 16 equipas. Uma das grandes novidades no GP Picanto Cup tem a ver com o surgimento de novas equipas e formação de duplas para atacar os três lugares do pódio na presente época desportiva.
A nível do campeonato dos Modificados (Grupo M), uma competição que vem registando um aumento do número de participantes em cada corrida, estiveram inscritos, na primeira prova, 14 pilotos divididos em quatro classes.
As duas competições de velocidade, inseridas na 1ª prova do GP Picanto Cup e Modificados, decorreram de forma separada.