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Guebuza diz que “temos capacidade para resolver a questão de Cabo Delgado”

O antigo Presidente da República, Armando Guebuza, considera que o país tem capacidade militar, mas “ócia”, que se fosse “devidamente utilizada” seria possível resolver a violência armada em Cabo Delgado, Manica e Sofala.

Armando Guebuza fez estes pronunciamentos hoje, através de um vídeo publicado na sua conta do Facebook. Segundo ele, “aparentemente, até agora, há muitas dificuldades” de “garantir que se produza a paz que nós queremos” enquanto Nação.

“No caso do norte, no caso de Cabo Delgado, é mais complicado, muitíssimo mais complicado. Nós temos as nossas forças lá, a Polícia e as Forças Armadas. Temos que saber se o comando que elas têm, localmente, está em condições de garantir que se produza a paz que nós queremos. Aparentemente, até agora, há muitas dificuldades. É guerra, isso é complicado”, afirmou o antigo Chefe de Estado.

“Também no caso do norte, a coisa agrava-se porque a população está a deslocar-se do seu ambiente de vida, para locais muito distantes. Interrompe-se todo um ciclo de trabalho e vida das populações. Isto sem falar das mortes que acontecem. É uma situação grave. Eu penso que os comandos deviam pensar seriamente nisso. Mas também deviam apoiar-se cada vez mais… Eu tenho visto aí pessoas que publicam estudos sobre a situação, e são moçambicanas” e elas não deviam ser marginalizadas, porque têm experiências que podem ajudar a resolver esse conflito, realçou Armando Guebuza.

Num outro desenvolvimento, o antigo Chefe de Estado afirmou: “eu darei um exemplo: nós temos no Governo pessoas que participaram, desde a luta de libertação nacional, até hoje, chegaram a oficiais. Será que estão sendo devidamente utilizadas? Eu penso que não. Por isso, eu penso que é fundamental a utilização e exploração das capacidades instaladas ao longo destes anos todos. Mesmo os da Renamo fizeram 16 anos. Estaremos a trabalhar com eles, já que estão juntos com o nosso Exército, para encontrar soluções para esses problemas? Não parece que estejamos a utilizar, pelo menos com sucesso, essa capacidade óssea num momento tão grave com este”.

 

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