O antigo Presidente da República, Armando Guebuza, considera que Moçambique de hoje reflecte os ideias de Eduardo Mondlane e defende que é preciso parar de fazer suposições sobre o tipo de país que o arquitecto da unidade nacional gostaria de ver.
Para armando Guebuza, questionar se este é o Moçambique que Eduardo Mondlane esperava que fosse hoje é perder tempo, pois “a história não se faz com” deduções ou suposições, mas sim com acções concretas.
“Quem mais não estaria ou quem mais estaria se Eduardo Mondlane estivesse vivo? Não sabemos. São demasiados se’s [deduções/suposições] e com isso não dá para fazer história”, considerou Armando Guebuza.
Para o antigo estadista “uma coisa é certa”, os actos de Eduardo Mondlane não foram feitos de suposições, foram acções concretas, por isso, parte do que Moçambique é hoje, reflecte os seus ideais.
“O que ele fez de concreto produziu isto que estamos a ver hoje e muito mais no país”, concluiu Guebuza, que falava a jornalistas, após a cerimónia que marcou o fim das celebrações do centenário Eduardo Mondlane, pela universidade que ostenta o seu nome.
No evento houve lançamento da cátedra e do prémio Eduardo Mondlane e a apresentação da reedição do livro “Chithlango, o Filho do Chefe”, para eternizar as obras do arquitecto da unidade nacional.
Segundo Orlando Quilambo, reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), “com o lançamento da cátedra Eduardo Mondlane abre-se um espaço para a realização de pesquisas sobre as diferentes dimensões que a caracterizam a intelectualidade de Mondlane, estabelecendo as premissas para a promoção do legado de nosso patrono”.
Quilambo afirmou igualmente que o espírito e os ideais de Mondlane continuarão a inspirar o país. A reedição do seu livro permite a uma viagem e melhor conhecimento sobre ele.
Mondlane nasceu a 20 de Junho de 1920, em Mandlakazi, na província de Gaza, e morreu no dia 03 de Fevereiro de 1969, em Dar-es- Salam, Tanzânia, vítima de uma encomenda-bomba.