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Grupo armado volta a aterrorizar Cabo Delgado

Foto: DW

Cerca de um ano depois de relativa trégua, o grupo armado retomou os ataques terroristas em Cabo Delgado, onde, em apenas uma semana, foram decapitadas e raptadas várias pessoas, além de terem sido registadas algumas tentativas de assaltos às posições militares.

“Estamos a registar alguma movimentação dos terroristas no distrito de Macomia que, na última sexta-feira, dia 20, entre as aldeias Quinto Congresso e Nova Zambézia atravessaram a estrada N380 em direcção a Nkoe, onde raptaram algumas senhoras e decapitaram três cidadãos e progrediram para a zona de Nguida, onde degolaram outras pessoas. No fim, foram a aldeia de Chicomo, onde chegaram na noite do dia 22 e trocaram tiros com a força local ali posicionada e incendiaram algumas casas, e abandonaram para as matas e mais tarde retornaram para o mesmo local tendo voltado a confrontar as nossas forças”, descreveu Vicente Chicote, comandante da Polícia da República de Moçambique em Cabo Delgado.

Os supostos terroristas estavam encurralados nos distritos de Macomia e Nangade desde Setembro de 2021, dois meses depois da chegada da ajuda militar da República de Ruanda e de oito dos dezesseis países da África Austral, e a situação de segurança era considerada controlada, mas, agora, segundo a PRM, o grupo armado voltou a circular em Muidumbe e Palma, dois distritos que já estavam na lista das zonas libertadas.

“Há dias, os terroristas passaram pela sede do posto administrativo de Olumbe (Palma), onde fizeram alguns disparos e a população em pânico pôs-se em debandada e eles ficaram a roubar os produtos nas casas”, revelou Vicente Chicote.

O último ataque terrorista em Cabo Delgado, oficialmente confirmado pelo Estado moçambicano, desde que o país recebeu ajuda militar externa, foi em Fevereiro último deste ano, quando o grupo armado assaltou a ilha de Matemo, no distrito de Ibo, que fica há cerca de 100 quilómetros da cidade de Pemba.

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