Professores de escolas secundárias em Xai-Xai, Chibuto, Chókwè, Limpopo e Chonguene, em Gaza, decidiram paralisar as suas actividades, desde segunda-feira, em reivindicação do pagamento de horas extras.
Segundo a Agência de Informação de Moçambique, que cita o “Diário de Moçambique”, os grevistas alegam ser uma situação que se regista desde 2016, tendo atingido o extremo no presente ano lectivo. “Exigimos o valor das nossas horas extras e factor 1,5 referentes ao mês de Setembro do ano passado e outros valores relativos aos meses de Janeiro até Maio de 2017”, disse um dos grevistas, em condição de anonimato.
Só na cidade de Xai-Xai, epicentro da greve, abrangeu cerca de 500 professores, todos de escolas secundárias e técnico-profissionais.
Dada a gravidade da situação, os sectores de Educação e Desenvolvimento Humano e da Economia e Finanças ao nível da província reuniram-se de emergência com os grevistas, na tentativa de encontrar uma solução ao problema e salvaguardar os direitos dos alunos. Mas a iniciativa não logrou os resultados esperados, visto que a ‘sentença’ da maioria dos professores que falaram em representação dos demais docentes foi de que “às salas só regressaremos depois de uma luz verde nas nossas contas bancárias”.
Refira-se que, minutos antes da reunião, realizada no refeitório da Escola Secundária Joaquim Chissano, na cidade de Xai-Xai, os grevistas exigiram que o encontro se realizasse com a presença dos órgãos de comunicação social, alegando que o assunto em causa “é de interesse público”.