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Governo quer alargar protecção social básica para mais de 1.700 famílias

Apesar da prevalência de factores adversos à economia, o Governo não se prende em modéstias e aposta num Plano Económico Social (PES) focado no crescimento económico, expansão de postos de emprego e alargamento da protecção social básica.

O Governo volta esta quinta-feira ao parlamento para defender a sua proposta de Plano Económico e Social que contempla indicadores mais optimistas, apesar de saírem de um ano adverso, em que grande parte das metas pode ter falhado devido a choques resultantes de factores como a COVID-19 e o conflito em Cabo Delgado, em particular, que condicionaram a economia.

Para o próximo ano, o executivo traça um cenário optimista acredita que haverá condições para fazer a viragem.

“Apesar da prevalência de um contexto adverso que afecta a nossa economia, há ainda janelas de oportunidades, tanto a nível interno como externo, que devemos capitalizar para dinamizar o sector produtivo e estimular o crescimento económico do nosso país” apontou o Primeiro Ministro (PM), Carlos Agostinho do Rosário, durante a apresentação do PES para o próximo ano.

A recuperação da economia mundial e o retorno gradual do financiamento externo ao orçamento do Estado são apontados como alguns dos factores que vão trazer bons ventos para o país.

“Para o nosso país, o aumento da procura do carvão e outros produtos energéticos, em particular por parte da China e Índia, poderá propiciar ganhos na indústria extractiva e contribuir para o crescimento da economia nacional. O sinal de retoma da economia mundial afigura-se, igualmente, como uma oportunidade para a aceleração dos investimentos em curso no país, sobretudo no domínio do gás natural” justificou.

Por outro lado, o Governo prevê bons resultados no sector agrário “mercê da previsão de condições agroclimáticas favoráveis e do aumento de investimentos no sector da agricultura”.

Com base nas perspectivas positivas traçadas, o Governo evita qualquer modéstia no plano para atacar os problemas sociais, em quase todos os sectores.

“Iremos promover uma agricultura familiar cada vez mais ligada ao mercado e ao agro-processamento, reforçando os serviços de apoio à produção, o acesso a financiamento e mercados, bem como a transferência de tecnologias para os agricultores” apontou o PM.

O executivo acredita que haverá melhoria das condições de vida da população, que se irão traduzir “sobretudo no maior acesso aos serviços de educação, saúde e protecção social, bem como na geração de cerca de 250 mil novos empregos a nível do sector público e privado”.

No sector público, a meta estabelecida vai para a contratação de cerca de 10 mil novos professores a todos níveis e cerca de cinco mil novos profissionais de saúde, dos quais 271 médicos.

No que diz respeito aos sectores mais desfavorecidos, a aposta vai para o alargamento do número de famílias com amparo do Estado.

“Na protecção social, prevemos assegurar assistência a cerca de 645 mil novos agregados familiares através de vários de programas de protecção social, totalizando 1.748.000 agregados familiares beneficiários” indica a proposta.

A proposta do PES vai esta quinta-feira a debate e apreciação final do parlamento.

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