O governo vai acelerar o processo de busca de parceiros “estratégicos” para viabilizar as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), que vivem actualmente uma crise sem precedentes, ao nível de cancelar, sistematicamente, os voos, por falta de dinheiro para abastecer as suas aeronaves.
De acordo com o Primeiro-ministro (PM), Carlos Agostinho do Rosário, a situação da companhia de bandeira está na lista das prioridades do executivo, no quadro da reestruturação das empresas públicas e vai agora ganhar um novo ritmo.
“Nós temos um programa de reestruturação e a LAM tem este trabalho em curso. Vamos acelerá-lo de forma a que possamos encontrar um parceiro estratégico que possa juntar-se a nós e viabilizarmos a LAM” disse o PM, em conferência de imprensa que marcou o fim da sua visita de trabalho a província do Niassa.
A crise da LAM atingiu níveis históricos na semana finda, com cancelamento de vários voos que geraram prejuízos incalculáveis a vários passageiros que viram seus compromissos falharem por não terem conseguido viajar.
O governo diz estar atento ao que se passa na companhia de bandeira e a prioridade é agora procurar soluções estáveis.
“Sabemos que a LAM tem dificuldades que decorrem de dívidas internas, mas que o mais importante é procuramos um parceiro estratégico de forma a que possamos viabilizar as operações da LAM, mas não só, também das outras empresas públicas” frisou Do Rosário, manifestando confiança de que o processo terá um desfecho positivo, mesmo sem avançar prazos para o efeito.
Refira-se que, no decurso da crise financeira da LAM, os accionistas decidiram, na passada quinta-feira, destituir o então Conselho de Administração, tendo nomeado uma comissão de gestão que, de forma interina, cujos integrantes ainda não foram revelados, vai assegurar a gestão da companhia, até a nomeação de outro Conselho de Administração.
“Niassa terá nova imagem até ao final do ano
No final de quatro dias de vista de trabalho a província do Niassa, Carlos Agostinho do Rosário saiu com sentimento de satisfação com o que viu.
Segundo Do Rosário, a província está num “esforço tremendo” de promoção do desenvolvimento a vários níveis.
No balanço da visita, o PM destacou o programa de infraestruturas, extensão da rede de energia eléctrica, abastecimento de água e a produção agrícola, como estando a níveis que vão, a breve trecho, mudar completamente a face de Niassa.
Niassa, a capital daquela província, vai ter até Dezembro, segundo garantias do Primeiro-ministro, uma nova face, no que a infraestruturas diz respeito. “Obras que vão mudar completamente a face da cidade. As estradas de Lichinga serão outra coisa”, garantiu.