O calendário escolar pode terminar em Novembro e não em Outubro, como tem sido habitual, para “recuperar o tempo perdido” na sequência da interrupção das aulas, desde Março passado, devido à COVID-19. Se assim for, o ano lectivo começaria em Janeiro de 2021. O habitual tem sido em Fevereiro. Mas qualquer decisão a ser tomada dependerá da tendência dos casos do novo Coronavírus. Até ontém havia 156 casos positivos no país.
"Por estarmos desde Março sem aulas, por exemplo, pode ser que o ano lectivo não termine em Outubro, como é habitual. Podemos estender o calendário para finais de Novembro ou início de Janeiro de 2021. A evolução dos casos e a situação conjuntural é que nos vai ajudar a definir”, disse esta quarta-feira, à Lusa, Gina Guibunda, porta-voz do Ministério da Educa- ção e Desenvolvimento Humano (MINEDH).
A fonte explicou que quando foi declarado o Estado de Emergência no país, no dia 01 de Abril, o MINEDH previa que se retomassem as aulas a 04 de Maio em curso, mas tal não foi possivel por cau- sa do aumento de casos da pan- demia, o que ditou a prorrogação por 30 dias. E os casos do novo Coronavíus continuam a subir, colocando uma incógnita sobre o regresso dos alunos às escolas.
“Ainda não temos matéria para dizer que o ano lectivo vai ser anulado, trata-se de uma incógnita sim, mas nós estamos a tentar resolver essa equação em função dos dados que temos”, acrescentou Gina Guibunda, segundo a Lusa.
A responsável disse que o reajuste do calendário escolar, “vai ser estipulado um tempo para a revisão das matérias que têm sido veicula- das através das plataformas”.
No seu balanço dos primeiros 15
dias da segunda fase do Estado de Emergência, o Presidente da República, Filipe Nyusi, disse que “a não observância do cumprimento das medidas frustra a expectativa dos moçambicanos, o que poderá forçar o Governo a decretar, nos
próximos tempos, medidas mais duras e apertadas que as actuais que, por si só, também não se demostram fácies para todos nós”. Nyusi instou aos moçambicanos a “aderirem às regras de distanciamento [social] e protecção. Só com um comportamento responsável poderemos evitar o agravamento de medidas [confinamento]” e garantir “o regresso gradual à vida normal”.
O Chefe de Estado alertou ainda que “os próximos 15 dias são decisivos, para determinarmos qual será a nossa forma de estar depois do fim do período desta segunda etapa da emergência decretada, que termina no dia 30 de Maio”.