O Executivo assegura que o mercado nacional terá capacidades para garantir a demanda de alimentos durante a quadra festiva. O Ministério da Indústria e Comércio diz que tem mantido conversações de forma permanente com os agentes económicos
A COVID-19 criou incertezas em relação à disponibilidade de produtos alimentares no país. Entretanto, como está prestes ao findar do ano, o Governo tranquiliza aos moçambicanos e diz que “a situação está controlada” e que há comida suficiente para a quadra festiva que se avizinha.
“Trata-se de um processo de controlo que fazemos de forma normal todos os anos, mas neste em particular, a nossa atenção triplicou”, diz Carlos Mesquita, ministro da Indústria e Comércio, que avança ainda que o sector que dirige teve “que ter em atenção em relação à importação de matérias-primas, como é o caso de farinha de trigo que é um dos produtos essenciais na dieta dos moçambicanos”.
Segundo Mesquita, o pelouro tem recebido boa reacção do empresariado nacional, sobre a reserva de alimentos suficiente para abastecer o mercado num período médio de dois a três meses.
“De princípio não há motivo para alarme. Está tudo sob controlo. Temos o nosso mercado a produzir, quer ovo e frango, bem como os outros produtos como hortícolas. Em relação às hortícolas estamos muito bem”, garantiu.
O ministro da indústria e comércio revelou haver uma equipa interministerial que tem ser reunido semanalmente para estudar o mercado, e que “ estão em contacto com os agentes económicos para que a quadra festiva decorra sem sobressaltos”.
GOVERNO DIZ QUE VAI TRAVAR “AMEAÇAS” DE SUBIDA DO PREÇO DO PÃO
Face ao possível cenário de agravamento do preço do pão, avançado pela Associação Moçambicana de Panificadores (AMOPÃO), Carlos Mesquita diz que tudo está a ser feito para que tal não aconteça.
“Creio que a AMOPÃO não ameaçou aumentar o preço do pão. Há desafios macro-económicos que temos. O que a associação tem estado a dizer é que a depreciação do metical está a ter impacto na equação do negócio da panificação. Mas estamos a negociar para ver se conseguimos convencer a AMOPÃO e as empresas que importam e manufacturam a farinha de trigo, para que esse cenário não ocorra agora e nem num futuro próximo”, explicou.
O ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, falava ontem à margem de uma visita de trabalho que efectuou ao Instituto Nacional de Estatística, entidade fundamental as estratégias de actuação do sector dirigido por Mesquita.