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Governo e Banco Mundial unem-se para desenvolver zona Norte

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Cerca de 324 mil pessoas, no Norte do país, poderão ter acesso à energia, à água potável, às estradas e às escolas em cinco anos. Segundo o ministro das Obras Pública, Habitação e Recursos Hídrico, o projecto conta com um financiamento de 100 milhões de dólares do Banco Mundial.

Trata-se do Projecto de Desenvolvimento Urbano do Norte de Moçambique liderado pelo Governo e Banco Mundial.

Esta segunda-feira, os municípios de Pemba, Montepuez, Nampula e Nacala Porto formalizaram participação no mecanismo que, segundo o ministro das Obras Pública, Habitação e Recursos Hídrico, vai melhorar a vida da população no Norte do país.

“O financiamento do projecto é de cem milhões de dólares americanos, a serem implementados durante cinco anos. De forma global, o projecto irá beneficiar cerca 40 000 pessoas com casas melhoradas, assim como cerca de 324 000 pessoas irão beneficiar-se de infra-estruturas básicas (água, estradas, energia e valas de drenagem), equipamentos sociais (creches, escolas primárias, centros de saúde, centros comunitários, parques de diversão e mercados)”, avançou Carlos Mesquita, ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos.

O governante reiterou, ainda, que o terrorismo na zona Norte está a criar retrocessos na construção de infra-estruturas básicas e equipamentos nos municípios mais desfavorecidos.

“A zona Norte de Moçambique apresenta um crescimento urbano acelerado, devido ao fluxo de cidadãos vivendo nas zonas rurais para as principais cidades por várias razões, entre as quais em busca de melhores condições de vida, num contexto económico e social, situação agravada pela acção dos insurgentes, o que, como consequência, sobrecarrega a capacidade destas cidades em disponibilizar infra-estruturas básicas, equipamentos sociais e provisão de habitação condigna”, disse Mesquita.

De acordo com o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, os quatro municípios foram seleccionados dentre 10 municípios do Norte do país, com base no número de deslocados internos, nível de acesso a infra-estruturas básicas e equipamentos sociais e défice habitacional.

O Banco Mundial quer que o projecto torne as cidades sustentáveis e inclusivas.

“Estas cidades são centros económicos no Norte. Se forem bem equipadas, irão impulsionar a transformação estrutural da região. O desenvolvimento destes municípios estará na vanguarda do reforço da resiliência climática de milhares de cidadãos”, explicou Idah Pswarayi-Riddihough, representante do Banco Mundial em Moçambique.

Durante a implementação do projecto, segundo o Governo, serão gerados outros benefícios indirectos, com destaque para a geração de empregos fixos e a arrecadação de receitas municipais.

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