Mais de quinhentas famílias acomodadas em dois centros de acolhimentos no distrito de Nicoadala, nomeadamente Dugudiua e Nametangurine, necessitam de talhões para reerguer suas novas casas como forma de recomeçar uma nova vida. Se em Dugudiua estão 81 famílias, em Nametangurine estão alojadas 470.
No centro de acomodação de Nametangurine, já foram parcelados 258 talhões, faltando outros 212. Já em Dugudiua, com 203 famílias, já foram parcelados e entregue às famílias 68 talhões. O resto de espaços já estão demarcados sendo que nos próximos dias serão entregues ao resto de famílias.
No entanto para permitir que o reassentamento ocorra a breve trecho, o governo distrital de Nicoadala está a negociar com proprietários de quintas de extensas áreas para que parte dela seja repartido a favor das famílias. "Estamos sim a fazer negociação para que nos seja dado parte destas extensas terras que não estão a ser a utilizadas para que fique a favor das famílias. Felizmente os proprietários estão a colaborar neste sentido", disse João Nhambessa, administrador de Nicoadala.
De facto, a atribuição de talhões para as famílias é urgente, tendo em conta a exposição das pessoas alojadas nas zoas de acomodação. Devido ao aglomerado populacional estão sujeitas a várias doenças de carris infecioso. Nos dois centros de acomodação as doenças como Malária e Tosse estão a ganhar espaço alarmante, facto que colocou equipas de médicos da direcção provincial de saúde a escalar o centro de Dugudiua e do Hospital Central de Quelimane Nametangurine, este último centro com mais população, mais registo de casos de Malária e Tosse.
Do Hospital Central de Quelimane foram destacadas equipas médicas de cinco especialidades, nomeadamente medicina interna, obstetrícia, pediatria, Nutrição e Urologia. O director-geral do hospital Central de Quelimane Ladino Suade mostrou muita preocupação com a situação de casos de Malária e Tosse diagnosticado em muitas pessoas.