A Organização das Nações Unidas para Habitação, propõe ao Governo a criação de padrões mínimos de resiliência na construção de habitações. A Ordem dos Arquitetos de Moçambique diz que é preciso formar a população em técnicas de construção.
Os ciclones, cada vez mais frequentes, que deixam sempre um rasto de destruição nas comunidades fazem multiplicar as reflexões sobre a resiliência das infraestruturas.
O tema juntou esta sexta-feira arquitectos e a Organização das Nações Unidas para Habitação, esta última que propõe ao Estado que estabeleça padrões mínimos de resistências das habitações.
Mas para que isso seja possível a Ordem dos Arquitetos de Moçambique aponta a importância de capacitar as sociedades sobre algumas técnicas de construção.
“O incentivo aos materiais de construção para que sejam acessíveis as populações é bom, mas não é só baixar o material de construção é preciso ensinar como usar este material”. Disse Anselmo Cani, representante da Ordem dos Arquitetos de Moçambique.
Mas este não é apenas papel do governo. Segundo a ONU-Habitat é preciso intervenção de todos os sectores da sociedade e sobre essa questão, a Ordem dos Arquiteto propões a que haja produção de recursos, criação de pequenas industrias que podem produzir materiais básicos.
São desafios e soluções debatidos num evento que visava buscar parcerias entre arquitetos italianos e moçambicanos, sobre a sustentabilidade e resiliência nas construções.