O País – A verdade como notícia

Governo avalia levantamento de restrições nas indústrias

O Governo moçambicano está avaliar o levantamento de algumas restrições laborais no sector da indústria, que ressente-se dos impactos negativos da pandemia da COVID-19.

 

A pedido das empresas do sector industrial, que reportam perdas mensais na ordem de quatro mil milhões de meticais desde a declaração do Estado de Emergência em Março último, fonte segura do Ministério do Trabalho e Segurança Social confidenciou ao “O País”, que o Governo está a equacionar o levantamento de algumas restrições.

“As empresas pediram, por exemplo, que o Governo reveja a questão de um terço de trabalhadores nas empresas. A natureza de algumas indústrias não permite estas restrições”, disse a fonte, acrescentando, que o dossier está a ser avaliado pelo Ministério da Indústria e Comércio.

Refira-se, que as medidas impostas pelo Executivo de Maputo, em resposta à propagação da pandemia da COVID-19 no país, estão precipitar despedimentos e/ou suspensões de contratos de trabalho.

Segundo a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), a produção desacelerou em 70%, com destaque para produção de bebidas não alcoólicas, açúcar, óleo e sabão, cujas perdas mensais de facturação situam-se entre 40% e 65%.

Pelo menos mil contratos de trabalho estão suspensos neste ramo de actividade desde Março último. Os homens de negócios reiteram a necessidade de adopção de “medidas urgentes” e objectivas para apoiar as empresas do sector industrial que é extremamente importante para o país, tanto a nível de renda e emprego, assim como sob ponto de vista dos efeitos em cadeia que poderão resultar de uma disrupção significativa no nível de actividade.

O sector propõe ainda, o alívio das obrigações com terceiros (bancos, por exemplo) e redução dos custos operacionais, com destaque para o custo fixo da factura de energia.

Estima-se, que em média, uma indústria nacional com um ciclo de produção contínuo tem um custo mensal de energia de cerca de cinco milhões de meticais, que representa 12% da sua estrutura de custos, pelo que, a redução da factura em 50% poderá apoiar a tesouraria das empresas deste sector em cerca de 2.5 milhões de meticais, que ao ser aplicado por um período de seis meses poderá resultar num alívio de 15 milhões de meticais por empresa.

 

 

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos