No último dia da última sessão em que o governo foi chamado ao parlamento para responder às perguntas dos deputados da Assembleia da República no presente mandato, o Primeiro-ministro (PM), foi além de simples respostas às questões de insistências a que o dia era reservado. Carlos Agostinho do Rosário fez o balanço preliminar da implementação do Plano Quinquenal do Governo (PQG), correspondente aos quatro anos já cumpridos.
“Transcorridos quatro anos após o presente ciclo de governação, permitam-nos partilhar que conseguimos até ao final do ano passado, 2018, em mais de 60% das metas do Programa Quinquenal do Governo (PQG), mesmo perante situações adversas e desafiantes que enfrentamos” revelou o PM.
Do Rosário escalonou as principais conquistas do mandato em três frentes, a primeira das quais é a restauração da paz efectiva no país.
"Nesta frente, apesar dos altos e baixos deste sinuoso processo, foram dados passos que culminaram com o calar de armas no nosso país, agora, caminhamos firmes rumo ao alcance da paz definitiva" sublinhou.
A segunda frente está centrada no desenvolvimento do capital humano e social " com especial ênfase na educação, saúde protecção social e abastecimento de água".
Aqui, o PM arrolou várias realizações que colocam as metas próximo do cumprimento integral.
"Nesta frente, apesar da limitação dos recursos financeiros foi possível o seguinte: Coordenamos de forma eficiente e eficaz, o resgate e salvamento de vidads humanas no centro e norte do país, devido aos ciclones; Estamos a reconstruir, em tempo útil e recorde, as infraestruturas destruídas pelos ciclones" exemplificou.
Do Rosário falou ainda da construção, em todo o país, de 156 unidades hospitalares, três mil salas de aulas, a distribuição de 557 mil carteiras, a colocação de 10 mil profissionais no Sistema Nacional de Saúde, o alargamento do sistema social básico a mais de 519 mil agregados familiares; a expansão da rede eléctrica e de abastecimento de água, de entre outras realizações.
E porque o mandato começou com os efeitos do escândalo das "dívidas ocultas" que culminaram com a suspensão do apoio externo ao orçamento do Estado, Carlos Agostinho do Rosário garantiu que as relações com os parceiros internacionais pode voltar à normalidade dentro em breve.
"Resgatamos a confiança junto dos parceiros de cooperação internacional. A título de exemplo, estamos num bom caminho para o estabelecimento de um novo programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e registamos mais Investimento Directo Estrangeiro, com destaque para a agricultura, indústria alimentar e bebidas, cimento de construção, recursos minerais, petóleo e gás e outros exemplos em todo o país" detalhou o PM. As bancadas parlamentares ouviram o balanço e, no final, manifestaram divisão na avaliação. A oposição deu nota negativa e a Frelimo aprovou o desempenho.