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General Mussa foi-se quando acertava com o PR organização do Exército

O Presidente da República disse esta quarta-feira em Nampula que o General do Exército, Eugénio Mussa, morreu numa altura em que trocavam impressões sobre como organizar as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). O chefe de Estado falava depois do enterro realizado no distrito de Moma.

A urna contendo os restos mortais do general Eugénio Ussene Mussa chegou ao distrito de Moma, sua terra natal, antes do meio-dia desta quarta-feira. Os militares que carregaram a urna estavam equipados com o macacão branco usado para a protecção da COVID-19, assim como máscaras, luvas e viseiras.

Cumpriu-se, primeiro, com o momento familiar de despedida do malogrado. Em mensagem, os filhos lembraram as qualidades de um homem que se destacou, antes de mais, como chefe de família. “Papá, prometemos que só com alegria iremos nos lembrar de ti, porque para além dos conhecimentos da vida, ensinaste-nos a sermos felizes e gratos com a vida. Realmente, sentiremos saudades da tua voz única com um timbre inconfundível, quando mandavas as tuas piadas e as gargalhadas”, disse umas das filhas que leu o elogio fúnebre.

O antigo ministro da Defesa Nacional, Atanásio N’tumuki, foi quem recebeu o Eugénio Mussa nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique. Tornaram-se familiares e no momento de despedida destacou as qualidades do “comandante” Mussa no teatro operacional-norte, onde notabilizou-se na direcção da luta contra o terrorismo.

“Desde que foi nomeado para o teatro operacional-norte a situação começou a mudar e todos estão a acompanhar. Em conversa, mesmo comigo, dizia que a primeira preocupação era restabelecer energia nos distritos do norte de Cabo Delgado, segundo, garantir segurança em todas as sedes distritais”.

No local de última morada, houve honras militares, como é habitural no funeral de altas patentes das Forças de Defesa e Segurança. O Presidente da República, também comandante-chefe das Forças de Defesa de Moçambique, fez-se presente.

Filipe Nyusi consolou a família Mussa e disse que a morte aconteceu numa altura em que trocavam impressões sobre como organizar as Forças Armadas de Defesa de Moçambique. “Estava a conversar mais comigo, primeiro, sobre como [íamos] organizar as Forças Armadas de Defesa de Moçambique e não conseguimos chegar ao fim”, lamentou o Chefe de Estado.

Eugénio Ussene Mussa dedicou 46 anos da sua vida às Forças Armadas de Defesa de Moçambique. Entrou com 17 anos de idade e em Janeiro último foi promovido a patente mais alta, chefe do Estado Maior General, cargo que ocupou por apenas 19 dias.

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