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Gaza continua sob ataque, apesar do apelo para cessar-fogo imediato

Os ataques aéreos de Israel e os confrontos com militantes do grupo islamita palestiniano Hamas continuam hoje na Faixa de Gaza, apesar de o Conselho de Segurança da ONU ter exigido um cessar-fogo imediato.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse ter registado 70 mortos esta madrugada, incluindo 13 em ataques aéreos perto da cidade de Rafah, no extremo sul do enclave, onde 1,5 milhões de palestinianos procuraram refúgio dos confrontos.

Citadas pela Lusa, as Forças de Defesa de Israel disseram que vários alertas foram emitidos perto de Gaza devido ao lançamento de foguetes por parte de militantes palestinianos.

O Conselho de Segurança da ONU adoptou, na segunda-feira, uma resolução proposta pelos 10 Estados-membros eleitos que exige um cessar-fogo imediato em Gaza durante o período do Ramadão. O texto recebeu 14 votos a favor e uma abstenção dos Estados Unidos.

Depois de mais cinco meses de guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, esta foi a primeira vez que o Conselho de Segurança conseguiu aprovar uma resolução relativamente a um cessar-fogo no enclave, dado que vários projectos foram consecutivamente vetados.

Entretanto, Washington defende que a resolução “não é vinculativa”, apesar de vários diplomatas garantirem o contrário.

Ainda assim, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a abstenção norte-americana, que permitiu a aprovação da resolução, “prejudica os esforços de guerra e para a libertação dos reféns” detidos pelo Hamas, organização que vários países, incluindo Israel, EUA e União Europeia, consideram terroristas.

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