O presidente dos EUA, Joe Biden, visitou, terça-feira, o museu da escravidão, em Angola, onde abordou sobre o futuro de África, dizendo que os africanos vão representar uma em cada quatro pessoas até 2050 e que o destino do mundo está em suas mãos.
Joe Biden é o primeiro presidente dos EUA a visitar Angola e tem como objectivo promover bilhões de dólares em compromissos com a nação angolana, para o que ele chamou de maior investimento ferroviário dos EUA no exterior.
“Os Estados Unidos estão totalmente empenhados em África”, disse Biden ao presidente angolano, João Lourenço, que chamou a visita de Biden de um ponto de virada fundamental nas relações EUA-Angola, que remontam à Guerra Fria.
Biden visitará a cidade costeira de Lobito na quarta-feira para dar uma olhada na saída do corredor para o Oceano Atlântico. O projeto também atraiu financiamento da União Europeia, do Grupo dos Sete principais países industrializados, de um consórcio privado liderado pelo Ocidente e de bancos africanos.
Não ficou claro quanto dos compromissos dos EUA foram cumpridos e quanto dependerá do governo Trump.
Biden visitou o Museu Nacional da Escravidão de Angola, em um local que, antigamente, era a sede da Capela da Casa Grande, um templo do século XVII, onde escravos eram batizados antes de embarcar em navios para a América.
Olhando para o futuro, “sei que o futuro passa por Angola, pela África”, disse Biden, citado por African News.
Falando em um palco perto da água, ele disse que a história não pode e não deve ser apagada e que, embora a América tenha sido fundada no ideal de liberdade e igualdade, “está bem claro hoje que não correspondemos a esse ideal”.