A Fundação Fernando Leite Couto vai homenagear, através de um sarau cultural online, o escritor Aníbal Aleluia. O evento está agendado para quarta-feira.
Se estivesse vivo, Aníbal Aleluia completaria 100 anos de idade neste 2021. Por isso, a Fundação Fernando Leite Couto inaugura o que, segundo escreve numa nota de imprensa, poderá despoletar numa série de homenagens que vão acontecer até 21 de Agosto.
Ora, às 18 horas desta quarta-feira, haverá uma transmissão online de um sarau em homenagem a Aníbal Aleluia. O mesmo contará com o testemunho de Juvenal Bucuane e com os depoimentos dos escritores Lucílio Manjate e Suleiman Cassamo. Celso Muianga, editor da Fundação Leite Couto, irá moderar o evento e fará igualmente a leitura de um excerto da homenagem de Nelson Saúte.
“Partimos do pressuposto que os escritores não morrem, nunca. Daí dedicarmos uma singela homenagem a Aníbal Aleluía, um dos escritores de primeira linha que se revelaram tardiamente no período pós-independência e, mesmo assim deixaram vincado em letras garrafais, como uma referência nacional, o seu labor literário. Nestes tempos pandémicos e até de certo modo desesperançosos prestar um tributo à vida e obra de Aníbal Aleluía, que neste ano, se fosse vivo colheria o 100.º aniversário natalício é como que acender a luz restante”, afirma a Fundação Leite Couto em comunicado.
De igual modo, para os organizadores do sarau, prestar um tributo a Aleluia constitui um dever da memória, que, certamente, reanimará o espírito de muitos moçambicanos. “Aleluía foi um homem da Palavra e dos sete ofícios que acreditava que com a Palavra podemos contruir um Moçambique fraterno, consciente e plural. Com este gesto singelo pretendemos celebrar um decano das letras e da cultura moçambicana e deste modo redesenhar futuros”.
Além de assinar com nome próprio, Aníbal Aleluia escreveu sob diversos pseudónimos: Roberto Amado, Augusto António e Bin Adam. Entre os seus livros contasm Mbelele e outros contos e O gajo e os outros.