A Frelimo na cidade de Maputo condena as manifestações convocadas por Venâncio Mondlane, que estiveram acompanhadas de actos de “vandalismo, saques, violência e morte de inocentes”. O partido desencoraja a adesão às próximas manifestações por “serem ilegais”.
Membros e simpatizantes do partido Frelimo na Cidade de Maputo saíram à rua neste sábado, com a missão de limpar a cidade após actos de manifestação popular que culminaram com queimas de pneus e vandalização de infra-estruturas.
Além de limpezas, António Niquice, transportava também uma mensagem, a não adesão da população nas próximas greves, uma vez que foram apenas os primeiros três, dos 25 dias anunciados por Venâncio Mondlane.
“Os munícipes já demonstraram que são cidadãos de bem durante esses dias de paralisações e greves ilegais e, assistimos aquilo que podemos chamar de perdas incomensuráveis. É uma situação dolorosa porque está a se atingir inocentes, pessoas que não tem nada a ver com isto”, disse.
Sobre a perda de inocentes, Niquice revelou que uma criança terá perdido a vida em consequência das manifestações. “Nós estamos a prestar solidariedade às vítimas desses saques, dessas acções bárbaras, dessas manifestações ilegais, temos camaradas que perderam viaturas e uma nossa camarada que perdeu o filho”, referiu.
Essas justificações foram “mais do que suficientes” para considerar que as manifestações foram ilegais. “Queremos dar a indicação de que somos contra o vandalismo e que somos a favor de uma convivência social pacífica”.
A Frelimo diz também que é preciso haver um trabalho psicossocial para com as vítimas das manifestações. “Estamos a trabalhar no sentido de os nossos activistas poderem trabalhar com as vítimas desse vandalismo e trabalharmos com esses jovens que aderiram às marchas ilegais”.
As jornadas de limpeza da Frelimo iniciadas neste sábado vão continuar nos próximos dias em todos os bairros da capital.