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“Freddy” afectou 170 mil pessoas na primeira passagem e na segunda pode atingir 900 mil

Mais de 900 mil pessoas poderão ser afectadas no país pelo ciclone tropical Freddy na sua segunda passagem. Na primeira, mais de 170 mil pessoas foram atingidas e houve registo de dez mortes. O balanço foi apresentado, esta terça-feira, pelo Centro Nacional Operativo de Emergência.

A tempestade tropical moderada Freddy passou pelo continente e deixou estragos, desde a destruição de infra-estruturas até feridos e perdas de vidas humanas.

Segundo o Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE), nas províncias de Gaza, Inhambane e Sofala, os impactos dos ventos fortes, chuvas e inundações foram mais sonantes, tendo sido afactadas mais de 170 mil pessoas.

“A tempestade tropical ainda não se dissipou. Temos, até este momento, 10 feridos, outros 10 óbitos, mais de 14 mil casas parcialmente destruídas, outras mais de 1900 totalmente destruídas e 13 516 encontram-se inundadas”, explicou Ana Cristina.

A tempestade tropical seguiu em direcção a Zimbabwe, mas o alerta continua vermelho para o país, porque o ciclone Freddy tende a mover-se de volta para o continente.

“O ciclone Freddy terá a província da Zambézia como o seu ponto de entrada. Os seus efeitos poderão fazer-se sentir também na zona norte da província de Sofala, sul de Nampula, Manica e Tete”, disse Luísa Meque, presidente do Instituto Nacional de Gestão de Riscos de Desastres (INGD).

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia, segundo revelou Acácio Tembe, é que “Freddy” atinja o país entre os dias 10 e 11 do corrente mês.

“Esse sistema vai evoluir nas próximas horas para o ciclone tropical de categoria 3, um ciclone com ventos de cerca de 160 km/hora e rajadas de 189 a 190 km/hora. A previsão é entrar pela província da Zambézia e estamos a mapear Pebane e Maganja da Costa.”

Nestes pontos, a previsão é que sejam afectadas pelo menos 900 mil pessoas. Para as bacias de Licungo e Zambeze, com nível de enchimento de água elevado, o alerta é máximo.

“Estamos a prever situações não boas. Prevemos caudais acima de 14 mil m3. Vamos ter dois dias consecutivos de chuva acima dos 200 milímetros; isso é muito para as bacias pequenas”, explicou Agostinho Vilanculos, director nacional dos Recursos Hídricos.

Para as populações, o apelo é que se retirem das zonas de risco para lugares seguros com urgência.

As informações foram partilhadas, esta terça-feira, no Conselho Técnico de Gestão de Riscos de Desastres.

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