A ajuda não para de chegar. Esta quarta-feira foi a vez da França anunciar o seu apoio que resulta da contribuição do Governo francês através da sua embaixada em Moçambique e organizações não governamentais francesas. Helicópteros e navios chegam ainda esta semana à Beira, com mais de 150 toneladas, compostas por kits de abrigo e medicamentos.
“A França mobilizou 370 mil euros para as acções da plataforma regional e de intervenção da cruz vermelha francesa no oceano índico baseado na Ilha reunião e das numerosas organizações não governamentais ou de fundações de empresas e 710 mil euros para o avião do centro de crise e de apoio. Assim no total foram mobilizados cerca de dois milhões de euros”, disse o embaixador da França em Moçambique, Bruno Clerc.
E nesta quinta-feira Bruno Clerc vai a Beira prestar o seu apoio de forma mais directa, e perceber o que mais pode ser feito.
“Vou fazer a recepção dos apoios que vão chegar através de navios e helicópteros. Também vou reunir com as autoridades locais e governamentais para perceber de que forma podemos continuar a apoiar para que a vida das populações afectadas volte a normalidade.
Ainda esta semana chegam a Beira equipas médicas vindas da França.
“No primeiro momento após o ciclone fizemos uma mobilização que permitiu enviar equipas de urgência da cruz vermelha baseada na ilha reunião que até hoje encontram-se na beira. A PIROI enviou 60 toneladas de material humanitário composto por 300 kits de reconstrução de habitação, 6000 lonas, tendas, geradores, material de iluminação e ferramentas. Um avião de transporte de carga das forças armadas francesa foi disponibilizado para efectuar um primeiro voo de frete humanitário de emergência com 2.4 toneladas”, detalhou Clerc.
O avião transportará igualmente unidades de purificação de água da Fundação Veolia e da Aquassistance, material eléctrico de electricistas em fronteiras, da SOS Attitude e de Plan International, kits medicinais da associação Tulipe e dos Médicos do Mundo, kits de abrigo e kits de higiene da Solidariedade Internacional, material ortopédico de Humanité et Inclusion e kits para organizar a distribuição da ajuda da cruz vermelha francesa. Já a fundação Airbus ofereceu 20 horas de vôos de helicoptéro para efectuar reconhecimento nas áreas afectadas e transporte de mercadorias.