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Fornecimento de energia: Zimbabwe deve a Moçambique USD 10 milhões

Foto: O País

A informação foi avançada, hoje, no final da visita que Emmerson Mnangagwa fez à Central Termoeléctrica de Ciclo Combinado a Gás de Maputo.

O Zimbabwe é um país com défice no fornecimento de energia eléctrica e Emmerson Mnangagwa está em Moçambique para buscar soluções para reverter este cenário. É nesse âmbito que o estadista visitou, esta terça-feira, a Central Termoeléctrica de Ciclo Combinado a Gás de Maputo. Acompanhado pelo PCA da empresa Electricidade de Moçambique, o presidente Zimbabwiano recebeu explicações de como funciona o empreendimento. No final da visita, Moçambique mostrou vontade de incrementar o volume de energia exportada àquele país.

“O Zimbabwe está, de facto, com uma crise energética e nós como vizinhos e parceiros temos a obrigação de ajudar, por isso temos vindo a dialogar com o país irmão para vermos outras formas de poder ajudar. Naturalmente, a energia da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) é limitada, ela fornece a África do Sul, a Electricidade de Moçambique (EDM) e uma parte ao Zimbabwe, mas mesmo assim, não é suficiente. É nesse sentido que estamos a explorar outras fontes de energia e o gás é uma alternativa”, detalhou Marcelino Alberto, Presidente do Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique.

Alberto destacou que a cooperação entre os dois países no sector de energia dura há longos anos e que o Zimbabwe é um parceiro a não descartar. “Somos parceiros há longa data. Em 1997 fizemos a interligação Moçambique-Zimbabwe, através da qual nós estamos a exportar para eles um total de 50 megawatts de energia e, inclusive, o contrato foi renovado há duas semanas e temos expectativa que este projecto da Central Termoeléctrica pode emprestar parte da sua capacidade àquele país vizinho”.

Mas o vizinho Zimbabwe está em dívida com Moçambique, não obstante ter pago boa parte dela no ano passado. “No ano passado, o Zimbabwe fez um esforço titânico para pagar reduzir a dívida com Moçambique, que estava no nível de 45 milhões de dólares, mas boa parte desse valor, isto é, 35 milhões foram pagos no ano passado, sendo que neste momento a divida existente é de 10 milhões”, garantiu o dirigente.

Lembre-se que este empreendimento foi inaugurado, por Filipe Nyusi, em 2018 e custou 180 milhões de dólares norte-americanos, sendo que 13 milhões foram disponibilizados pelo Orçamento do Estado e 167 milhões é uma dívida contraída ao governo do Japão que deverá ser para paga em 40 anos.

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