O abastecimento de água de forma condicionada, na Cidade de Maputo, chegou ao fim. Em Janeiro, as autoridades anunciaram que o precioso líquido seria fornecido de forma alternada, devido à escassez nas reservas, causada pela falta de chuva. Ontem, a empresa Águas da Região de Maputo (AdM) disse que houve algumas descargas de chuva que ajudaram a restabelecer o regime normal de distribuição.
Contudo, a AdM afirma que houve uma redução no tempo médio diário de disponibilização de água. “Em termos gerais, estamos com uma média de oito horas de distribuição diária de água. Baixámos, comparativamente a períodos anteriores”, disse José Barata, director técnico da empresa Águas da Região de Maputo, que falava, ontem, em Maputo, na sessão do governo da Cidade de Maputo.
Barata diz que a abertura de novos furos tem sido uma alternativa à escassez de água, que pôs à prova a capacidade de gestão na capital e província de Maputo. Refere, entretanto, que não tem sido possível abrir furos em todos os pontos em que a empresa deseja. “Infelizmente, na baixa da Cidade de Maputo, os dois “furos piloto” que foram abertos não apresentaram bons resultados. A produtividade dos furos é muito baixa e, à medida que fomos fazendo a perfuração, fomos encontrando um nível alto de salinidade”, explicou.
O técnico da AdM diz que a sua empresa está neste momento à procura de novos locais para a abertura de furos e espera que o processo possa avançar ainda neste mês. “Está agora a ser aberto um furo na zona de Laulane. Temos um furo na Zona Verde. Está a funcionar lá uma toma, em Intaka temos também três tomas”, referiu Barata.