O vice-presidente da Exxon Mobil para África, Walker Keinsteiner, disse, esta quarta-feira, em Washington, que a tomada de decisão final de investimento pela Exxon Mobil está dependente do levantamento da cláusula de “força maior” accionada pela francesa TotalEnergies para suspender o seu projecto na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.
“Vamos retomar o processo da decisão final de investimento assim que a TotalEnergies afastar a declaração de força maior”, afirmou Keinsteiner, num encontro em Washington com o ministro da Economia e Finanças, Max Tonela.
Segundo Keinsteiner, o desenvolvimento dos projectos de gás natural em Moçambique é uma “prioridade” para a petrolífera norte-americana, pelo que o responsável da Exxon Mobil manifestou sua satisfação com os progressos registados no combate aos grupos armados na província de Cabo Delgado.
O vice-presidente da Exxon Mobil para África assinalou também que os avanços conseguidos pelas forças conjuntas de Moçambique, Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e Ruanda no combate aos grupos armados que protagonizam ataques no norte do país transmitem confiança para a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento dos projectos de gás natural.
“Isto dá-nos confiança, estamos satisfeitos e estamos encorajados”, acrescentou Keinsteiner.
Walker Keinsteiner expressou optimismo com a perspectiva de regresso das populações que foram obrigadas a fugir das suas zonas de origem nos distritos afectados pela violência armada.
Os projectos de gás natural da bacia foram suspensos depois de ataques terroristas, o que obrigou a TotalEnergies a activar a cláusula de “força maior”. Porém, o Governo tem em carteira um programa de retorno de pelo menos 10 mil pessoas até Junho do presente ano, que conta com apoio de várias entidades incluindo a Total Energies.
O ministro da Economia e Finanças, Ernesto Max Tonela, encontra-se em Washington a participar nas Reuniões de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).