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Força da SADC inicia missão contra terrorismo em Cabo Delgado no dia 06 de Agosto

A data foi avançada hoje pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança da Presidência de Angola durante a sessão do parlamento angolano que aprovou o envio de 20 oficiais militares daquele país para a missão da organização regional.

“A projecção da nossa força para esta missão da, força angolana, está prevista para D-22, o que significa dizer que, de 15 mais os 22 dias que faltam até o dia D estaremos a falar do dia 06 de Agosto, que é a data que, de facto, esta força entrará em missão conjunta com outras forças regionais”, revelou Francisco Fortunato, Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança da Presidência de Angola em resposta aos deputados da Assembleia Nacional durante o debate sobre o envio de 20 oficiais militares para a força conjunta.

Em representação de João Lourenço, cuja lei angolana exige que peça autorização ao parlamento para enviar militares para missões no estrangeiro, Francisco Fortunato acrescentou que o efectivo de Luanda chegará à Moçambique dentro desta semana.

“A nossa força, a projecção da aeronave e dos 20 efectivos, está prevista para o dia 29, isto é, na próxima sexta-feira, o que signfica dizer que chegaremos ao local previsto de estacionamento das nossas forças, não na região da província de Cabo Delgado, mas numa outra província”, detalhou, adicionando que numa Conferência de Planeamento, realizada entre os dias 30 de Junho e 02 de Junho, foi decidido que os oficiais militares angolanos não estarão envolvidos em combates no teatro operacional.

O projecto da resolução, apresentado pelo Presidente da República foi votado por unanimidade com 180 votos ao favor.

Na justificação do voto, o líder do grupo parlamentar da UNITA, Liberty Chiyaka, disse que foi um voto a para manifestar a sua solidariedade com o povo de Moçambique que atravessa momentos críticos. “Entendemos que para haver um desenvolvimento sustentável no continente africano e na região da SADC é preciso haver estabilidade, paz, democracia e boa-governação”, afirmou Chiyaka.

Por seu lado, o presidente da FNLA, Lucas Ngonda, saudou a atitude do Presidente da República em solicitar a autorização da AN, lembrando que “antigamente o Executivo era quem decidia, desvalorizando o Parlamento”. Já o presidente do PRS, Benedito Daniel, reconheceu que um conflito em Moçambique é um problema para todos os Estados membros da SADC, mas disse esperar que “Angola não vá ingerir-se nessa missão, porque os objectivos estão definidos”.

 

MAIS DE USD 12 MILHÕES PARA DÓLARES PARA MISSÃO DA SADC

A missão da Força em Estado de Alerta da SADC em Moçambique está orçada em mais de 12 milhões de dólares norte-americanos, dos quais Angola vai contribuir com mais de um milhão. “Esta missão, que terá a duração de três meses, tem um custo inicial previsto de 575.500 dólares americanos. Inclui-se nesta participação a componente dos esforços logísticos e a contribuição da República de Angola na manutenção desta força, avaliada em 1.174.307 dólares americanos”, informou.

Dos 20 assessores militares que Luanda vai enviar constam dois oficiais no Mecanismo de Cooperação Regional, oito oficiais no Comando da Força e dez tripulantes para uma aeronave de Projeção Aérea Estratégica do tipo IL-76.

A aprovação da vinda ao país de militares angolanos acontece 24 horas depois de Botswana ter “despachado” o seu efectivo de 296 militares para a força da SADC.

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