Indivíduos ainda não identificados atearam fogo sobre a redacção do semanário Canal de Moçambique e do diário Canalmoz, em Maputo, o que resultou na destruição completa de diversos documentos, equipamento usado para a produção do jornal e mobiliário.
O facto ocorreu na noite de domingo e, segundo informações avançadas pelo próprio órgão lesado, através do seu director executivo, Matias Guente, os autores do incêndio arrombarem a porta e introduziram bidões de combustível com o qual queimaram a redacção.
Matias Guente disse ao “O País”, que os vestígios encontrados no interior da redacção não deixam dúvidas de que se trata de um incêndio criminoso, o que representa “um ataque brutal à liberdade de imprensa”.
Guente assegurou que edição desta quarta-feira do semanário Canal de Moçambique não está comprometida, havendo esforços no sentido de colocá-la nas bancas.
O semanário Canal de Moçambique e o diário Canalmoz são propriedade do Canal i, Lda.
O MISA-Moçambique reagiu à ocorrência, dizendo se está perante um “ataque” que “nunca deve ser visto de forma isolada”, uma vez que faz parte de “forças mais retrógradas da sociedade para reverter o processo democrático em Moçambique”.
O MISA-Moçambique exigiu, neste contexto, que as autoridades ajudem a esclarecer a ocorrência e responsabilizar os autores.