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“Foco de Moçambique” na ONU “é e deve ser o fim do terrorismo”

Foto: O País

Calton Cadeado diz que o combate ao terrorismo é e deve ser a agenda principal de Moçambique na ONU. O académico explica que o facto de o tema ser um dos últimos da agenda deste mês é uma técnica de diplomacia.

É uma presidência rotativa e Moçambique vai liderar o órgão mais importante das Nações Unidas. Para começar, Filipe Nyusi quer a colaboração de todos os moçambicanos nesta missão. A vontade foi expressa esta quarta-feira na página do Facebook do Chefe do Estado.

O trabalho de liderança de Moçambique no Conselho de Segurança começa com os temas definidos. No total, são quatro, “mas o interesse maior de Moçambique são a paz e a segurança, principalmente nesta altura do terrorismo”, diz Calton Cadeado.

E o tema faz parte do leque de quatro e será liderado por Filipe Nyusi. Sucede que será um dos últimos a serem abordados; Calton Cadeado diz que isso é uma acertada estratégia de quem faz, e bem, a diplomacia.

“Os países mais experientes em diplomacia, quando têm um tema de extrema importância, deixam-no para o meio ou mesmo para o fim. A ideia é que se crie atmosfera para que o tema encontre os ânimos baixos e maior receptividade dos interlocutores”, explicou.

E há um tema, que embora não seja discutido no Conselho, é também tomado como prioridade de Moçambique, que é a reforma do Conselho de Segurança. O plano é que o órgão, ou tenha mais membros ou, então, o número de membros permanentes seja aumentado, incluindo a colocação de um representante de África no Conselho.

Calton Cadeado alerta, porém, que 30 dias são poucos para “pensarmos em fazer revolucionar”. Em relação a isso, segundo o académico, “o que Moçambique pode fazer é colocar a voz em cima de outros que já o fizeram em sede das Nações Unidas”.

Como tudo, essa colocação da voz deve ser feita com a devida moderação “Para que Moçambique não se desgaste em tão pouco tempo”. Uma das mais sonantes vozes que se levantam a favor da reforma são o Brasil e os Estados Unidos, estes que fazem parte do restrito número de membros permanentes do Conselho de Segurança.

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